[...] Creio
que sei por que me é gratificante ouvir alguém. Quando consigo realmente ouvir alguém,
isso me coloca em contato com ele, isso enriquece a minha vida.
[...] Quando efetivamente ouço uma pessoa e os
significados que lhe são importantes naquele momento, ouvindo não suas palavras
mas ela mesma, e quando lhe demonstro que ouvi seus significados pessoais e íntimos,
muitas coisas acontecem. Há, em primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se
sente aliviada. Quer falar mais sobre seu mundo. Sente-se impelida em direção a
um novo sentido de liberdade. Torna-se mais aberta ao processo de mudança.
[...] Assim, estimar ou amar e ser estimado e
amado são experiências que promovem crescimento.
[...] considero a morte como uma abertura para a
experiência. Ela será o que tiver que ser, e estou certo de que a aceitarei,
quer ela seja um fim, quer uma continuação da vida.
[...] Os indivíduos possuem dentro de si vastos
recursos para a autocompreensão e para modificação de seus autoconceitos, de
suas atitudes e de seu comportamento autônomo. Esses recursos podem ser
ativados se houver um clima, passível de definição, de atitudes psicológicas
facilitadoras. Há três condições que devem estar presentes para que se crie um
clima facilitador de crescimento.
[...] Essas tendências, que são a recíproca das
atitudes do terapeuta, permitem que a pessoa seja uma propiciadora mais
eficiente de seu próprio crescimento. Sente-se mais livre para ser uma pessoa
verdadeira e integral.
[...] quando criamos um clima psicológico que
permite que as pessoas sejam — sejam elas
clientes, estudantes, trabalhadores ou membros de um grupo — não
estamos participando de um evento casual. Estamos descobrindo uma tendência que
permeia toda a vida orgânica — uma tendência
para se tornar toda a complexidade de que o organismo é capaz. Em uma escala
ainda maior, creio que estamos sintonizando uma tendência criativa poderosa,
que deu origem ao nosso universo, desde o menor floco de neve até a maior galáxia,
da modesta ameba até a mais sensível e bem-dotada das pessoas. E talvez estejamos
atingindo o ponto crítico da nossa capacidade de nos transcendermos, de criar direções
novas e mais espirituais na evolução humana.
[...] Está-se chegando à compreensão de que a
pessoa é um processo e não um conjunto fixo de hábitos, o que provoca maneiras
diferentes de comportamento, aumenta as opções.
UM JEITO DE SER – O
livro Um jeito de ser, de Carl
Rogers, trata na primeira parte das experiências e perspectivas pessoas,
abordando experiências em
comunicação, crescer envelhecendo ou
envelhecer crescendo, a dimensão física, atividades, cuidando de mim, abertura
para novas ideias, intimidade, alegrias e dificuldades pessoais, reflexões
sobre a morte, vivendo o processo de morrer, atividade e risco e assuntos
pessoais. Na segunda parte trata dos aspectos
de uma abordagem centrada na pessoa, abordando os fundamentos de uma abordagem
centrada na pessoa, a formação de comunidades centradas na pessoa: implicações
para o futuro, seis vinhetas, características, as evidencias que fundamentam,
um processo direcional na vida, provas fornecidas pela teoria pratica modernas,
uma base na confiança, uma concepção mais ampla: a tendência formativa, a
função de consciência nos seres humanos, estados alterados de consciência, a
ciência e o misticismo e uma hipótese para o futuro. A terceira parte do livro
trata do processo educacional e seu futuro, abordando
para além do divisor de águas: onde agora, o que aprendemos com
os grandes grupos: implicações para o futuro, a formação de comunidades
centradas na pessoas, o que aprendemos com os grandes grupos, uma descrição de
ciclos, o conteúdo dos ciclos, o processo grupal, a função da equipe e a
dinâmica de grupo, implicações para a educação no futuro. Na quarta e última parte,
trata do tema olhando à frente: um cenário centrado na pessoa, abordando o mundo
do futuro e a pessoa do futuro, o mundo do amanhã, o significado das
tendências, a pessoa do amanhã, características das pessoas do futuro e se ela
sobreviverá, uma visão otimista, entre outras ideias do autor.
REFERÊNCIAS
ROGERS,
Carl. Um Jeito de Ser São Paulo: EPU, 1987.