[...] O Passado ajudará a conhecer o Presente, e o
Presente servirá para compreender melhor o Passado. Os erros do dia devem ser
explicados e desfeitos. Contudo, é mais que provável, é mesmo certo que ainda
desta vez o testemunho das idades passadas e da história não deixará impressão,
a não ser nos entendimentos intuitivos, o que vale dizer — em muitos poucos. Em
todo caso, nesta como em outras oportunidades, semelhantes, as pessoas sinceras
e fiéis podem consolar-se trazendo perante os céticos saduceus modernos o
depoimento matemático e histórico da obstinação e da estreiteza do critério
humano.
[...] É a VIDA UNA, eterna, invisível - mas
onipresente; sem princípio nem fim - mas periódica em suas manifestações
regulares (em cujos intervalos reina o profundo mistério do Não-Ser);
inconsciente - mas Consciência absoluta; incompreensível - mas a única
realidade existente por si mesma; em suma, "um Caos para os sentidos, um
Cosmos para a razão". Seu atributo único e absoluto, que é Ele mesmo, o
Movimento eterno e incessante, é chamado, esotericamente, o Grande Alento, que
é o movimento perpétuo do Universo, no sentido de Espaço sem limites e sempre
presente. O que é imóvel não pode ser Divino. Mas, de fato e na realidade, nada
existe absolutamente imóvel na Alma Universal.
[...] Desde o começo do que constitui a herança do
homem, desde o primeiro aparecimento dos arquitetos do globo em que vivemos, a
Divindade não revelada foi reconhecida e considerada sob o seu único aspecto filosófico
— o Movimento Universal, a vibração do Alento criador na Natureza. O Ocultismo
sintetiza assim a Existência Una: "A Divindade é um fogo misterioso vivo
(ou movente), e as eternas testemunhas desta Presença invisível são a Luz, o Calor
e a Umidade", tríade esta que abrange todos os fenômenos da Natureza e
lhes é a causa. O movimento intracósmico é eterno e incessante; o movimento cósmico,
o que é visível ou objeto da percepção, é finito e periódico. Como eterna abstração,
é o Sempre Presente; como manifestação, é finito, na direção do futuro e na
direção do passado, sendo estes dois o Alfa e o Ômega das reconstruções sucessivas.
O Cosmos — o Númeno — não tem nada que ver com as relações causais do mundo
fenomenal. Só em relação à Alma intracósmica, ao Cosmos ideal no imutável
Pensamento Divino é que podemos dizer: "Jamais teve começo, nem jamais
terá fim." Quanto ao seu corpo ou organismo cósmico, ainda que se não
possa dizer que haja tido uma primeira construção ou deva ter uma última, em
cada novo Manvantara pode esse organismo ser havido como o primeiro e o último
de sua espécie, pois evoluciona cada vez para um plano mais elevado...
A DOUTRINA SECRETA
– A obra A doutrina secreta: síntese de ciência, filosofia e religião, da
escritora e ocultista russa Elena Petrovna Blavatskaya, mais conhecida como Helena Blavatsky ou
Madame Blavatsky (1931-1891), trata no primeiro volume sobre a vida uma, ativa
e passiva, o panteísmo e o ateísmo, os sete elementos cósmicos, a evolução
cósmica, a noite do universo, a ideia da diferenciação, o despertar do cosmos,
as hierarquias setenárias, Fohat: o filho das hierarquias setenárias, o
crescimento e desenvolvimento do mundo, as mônadas, os progenitores do homem na
terá, entre outros assuntos. O segundo volume trata sobre simbolismo e ideografia, a lingaugem do mistério e suas chaves,
substancia primordial e o pensamento divino,chãos, theos, kosmos, divindade
oculta, o ovo do mundo, os dias e noites de Brahma, o Lótus como símbolo
universal, a lua, Deus Lunus, Phoebe, o culto da árvore da serpente e do
crocodilo, a toegonia dos deuses criadores, as sete criações, os quatro
elementos, entre outros assuntos.
REFERÊNCIA
BLAVATSKY, Helena
Petrovna. A doutrina secreta: síntese de ciência, filosofia e religião. Vol. 1
- Cosmogênese. São Paulo: Pensamento, s/d.
_______. A
doutrina secreta: A doutrina secreta: síntese de ciência, filosofia e religião.
Vol. 2 – Simbolismo arcaico universal. São Paulo: Pensamento, s/d.
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