GRUPO DE
PESQUISA – Realizou-se nesta quinta, dia 06 de novembro, mais uma
reunião do Grupo de Pesquisa Psicologia
Social e Formação Humana, comandada pelo professor Ms. Claudio Jorge
Morais, com a presença dos alunos participantes do grupo. O tema dessa reunião
foi a obra Glosas críticas e marginais ao artigo “O rei da Prússia e a reforma
social” de um prussiano, publicado em 1844 por Karl Marx e traduzido
por Ivo Tonet.
DEMOCRACIA
BURGUESA E ESTADO BURGUÊS –A leitura e debates sobre a obra de Marx
teve início já na aula da disciplina Psicologia Social da última quarta feira,
05 de novembro, quando foi submetido para participação de todos pelo professor
da matéria, a temática da Democracia burguesa e Estado burguês,
abordando-se e questionando-se temas como “a luta de todos contra todos”, o
capital e a imagem construída dos homens, a essência da sociedade capitalista,
a democracia e a cidadania, a igualdade política e os direitos, burgueses e
proletariado, entre outros assuntos.
A
NATUREZA DO ESTADO – Já na reunião desta quinta do GP, o
professor Claudio Jorge trouxe para debate A natureza do Estado, da obra em
estudo de Karl Marx, tratando de assuntos como a ontologia em Marx e o
mecanicismo, o público e o privado, o antagonismo das classes, o ser, a dependência
ontológica do Estado, a sociedade civil, entre outros temas.
DICAS DE LEITURA
O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL – O livro O que é psicologia social, da filósofa e
doutora em Psicologia, Silvia Tatiana Maurer Lane aborda fundamentos
conceituais do que é psicologia, como nos tornarmos sociais, os outros, a
identidade social, a consciência de si, como aprendemos o mundo que nos cerca,
a linguagem, a história via família e escola, trabalho e classe social, o
individuo na comunidade e a psicologia social no Brasil. Ela é uma importante
pesquisadora brasileira que nas últimas décadas tem contribuído para as
discussões acadêmicas sobre o assunto, colocando na mesa de discussões sobre o
tema a identidade, os papeis, as instituições e as representações sociais, o
discurso e a ideologia, a dominação, a reprodução ideológica, a educação e o
desenvolvimento da consciência social na convivência grupal e comunitária, o
diálogo entre a sociologia e a psicologia social por meio de uma abordagem
crítica acerca do desenvolvimento da psicologia social e suas dificuldades no
Brasil. Veja mais aqui.
EROS E CIVILIZAÇÃO – A obra Eros
e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud, do
sociólogo e filosofo alemão pertencente à Escola de Frankfurt, Herbert Marcuse
(1898-1979), na primeira parte aborda sobre o domínio do princípio de
realidade, a tendência oculta na psicanálise, o princípio do prazer e da
realidade, repressão genética e individual, retorno d reprimido na civilização,
racionalização da renúncia, civilização e carência, recordação de coisas
passadas como veiculo de libertação, a ontogênese e origem do individuo
reprimido, o aparelho mental como união dinâmica de opostos, estágios na teoria
dos instintos de Freud, a natureza conservadora comum dos instintos primários,
a possível supremacia do principio do Nirvana, Id, ego e supergo, a corporalização
da psique, caráter reacionário do superego, avaliação da concepção básica de
Freud, análise da interpretação da história na psicologia de Freud, distinção
entre repressão e mais-repressão, trabalho alienado e o princípio de
desempenho, organização da sexualidade, tabus sobre o prazer, organização dos
instintos de destruição, dialética fatal da civilização, a filogênese e a
origem da civilização repressiva, heramnça arcaica do ego individual,
psicologia individual e grupal, a horda primordial, rebelião e restauração do
domínio, conteúdo dual do sentimento de culpa, retorno do reprimido na
religião, o malogro da revolução, mudanças nas imagens do pai e da mãe, a
dialética da civilização, necessidade de defesa contra a destrução, a
existência de sublimação, dessexualização, enfraquecimento de Eros e os
instintos de vida, livberação da destrutividade, progresso em produtividade e
dominação, controles intensificados na civilização industrial, declínio da luta
com o pai, despersonalização do superego, contração do ego, alienação,
desintegração do princípio de realidade estabelecido, interlúdio filosófico, a
teoria da civilização de Freud na tradição da filosofia oriental, o ego como
sujeito agressivo e transcendente, logos como lógica de dominação, o protesto
filosófico contra a lógica de dominação, ser e devir, pernamencia versus
transcendência, o erteno retorno em Aristótles, Hegel, Nietzsche e Eros como
essência de ser. Na segunda parte, o autor trata além do princípio de
realidade, os limites históriscos desse princípio, obsoletismos da carência de
dominação, hipótese de um Novo Princípio de Realidade, a
dinâmica instintiva do sentido da civilização não-repressiva, o problema de
verificação da hipótese, fantasia e utopia, a fantasia versus razão, preservação
do pasado arcaico, o valor de verdade da fantasia, a imagem da vida sem
repressão nem ansiedade, possibilidade de liberdade autêntica em uma
civilização madura, necessidade de uma redefinição de progresso, as imagens de
Orfeu e Narciso, arquétipos de existência humana na civilização não-repressiva,
Oferu e Narciso contra Prometeu, luta mitológica de Eros contra a tirania da
razão, contra a morte, reconciliação do homem
e da natureza na cultura sensual, dimensão estética, a estética como
ciência da sensualidade, reconciliação entre prazer e liberdade, instinto e
moralidade, as teorias estéticas de Baumgarten, Kant e Schiller, elementos de
uma cultura não-repressiva, transformação do trabalho em atividade lúdica, a
transformação da sexualidade em Eros, a abolição da dominação, efeito sobre os
instintos sexuais, auto-sublimação da sexualidade de Eros, sublimação
repressiva versus livre sublimação, aproveitamento das relações sociais não
repressivas, o trabalho como ação livre das faculdades humandas, a possibilidade
relações libidinais de trabalho, Eros e Thanatos, a nova ideia de razão,
racionalidade da gratificação, moralidade libidinal, a luta contra o fluxo de
tempo, mudança na relação entre Eros e o instinto de morte e critica ao
revisionismo neofreudiano. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
LANE, Silvia. O que
é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006.
MARCUSE, Herbert.
Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Rio de
Janeiro: Zahar, 1975.
MARX, Karl. Glosas Críticas
Marginais ao Artigo "O Rei da Prússia e a Reforma Social" de um
Prussiano. The Marxism Internet Archiv, 1844.
Veja mais aqui.