quinta-feira, 30 de agosto de 2018

PALETRAS & OFICINAS

PALETRAS & OFICINAS – Palestras e oficinas realizadas por Luiz Alberto Machado.

LITERATURA: MODERNIDADE & PÓS-MODERNIDADE
I

A LITERATURA DE HERMILO BORBA FILHO
I

NEUROEDUCAÇÃO
I

EDUCAÇÃO, CIDADANIA & MEIO AMBIENTE: O DIREITO DE VIVER & DEIXAR VIVER
I
V

BRINCAR PARA APRENDER
I

FAÇA SEU TCC SEM TRAUMAS
(METODOLOGIA CIENTÍFICA)
I

OFICINA CORDEL
I

OUTROS EVENTOS
I
II

segunda-feira, 9 de julho de 2018

DOMINANDO A ACENTUAÇÃO GRÁFICA, POR ARANTES GOMES


DOMINANDO A ACENTUAÇÃO GRÁFICA, POR ARANTES GOMES - ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL DR. PEDRO AFONSO DE MEDEIROS -DISCIPLINA - LÍNGUA PORTUGUESA - PALMARES-PE 2007 – Professor – Arantes Gomes – APRESENTAÇÃO: O Dominando a Acentuação Gráfica é uma atividade didático-pedagógica que tem como objetivo principal sistematizar o conhecimento das Regras de Acentuação Gráfica, no processo de ensino-aprendizagem, operacionalizando sua ordenação e emprego em leituras e produções de textos orais e escritos, de acordo com as competências cognitivas, guiadas pelas inteligências múltiplas de aprendizagem do esporte lúdico e competitivo. O projeto teve a participação de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, na perspectiva de despertar o prazer pela leitura, formando produtores de textos competentes. São eles: Estudantes do Ensino fundamental (5ª A e B, 6ª A e 7ª A), Direção da Escola, Coordenador Pedagógico, Auxiliar da Biblioteca, Professores de outras disciplinas, Gestor da GRE - Mata Sul. Dividido em vários níveis, em função da Educação Básica, o Dominando a Acentuação Gráfica tem o seu conteúdo gramatical fundamentado em Bechara (2004). E está baseado nos pilares da educação. O jogo “Dominando” é uma associação do dominó tradicional com as Regras de Acentuação Gráfica. Com ele, pode-se jogar até 5 pessoas, cada uma com 8 peças. No curso da atividade, o estudante assume a igual função de um jogador, concentrando sua faculdade intelectual, primeiramente, na aprendizagem do componente gramatical, depois, nas inteligências múltiplas, que, segundo Gardner (1983), são as múltiplas janelas para a sala de aula e, finalmente, na aplicabilidade das regras do conteúdo com o brinquedo. Nesse contexto, o único vencedor é a aprendizagem. Promovida pela “inteligência geral”. Ao partir do complexo para o simples ou vice-versa, o estudante compõe de modo multidimensional a concepção global daquilo que aprendeu em leituras realizadas na sala de aula, nas diversas situações de uso cotidiano da língua, como tematiza o Pai da Complexidade, Edgar Morin (2005). Assim, o aprendiz está pronto para reconhecer cognitivamente as diferenças de tomadas de decisão e o efeito causado por ela, em situações diversas de aprendizagem. Pois, é também através do esporte lúdico e competitivo que as boas relações se concretizam de fato. JUSTIFICATIVA: O projeto foi realizado no segundo semestre de 2007, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, totalizando uma carga horária de 22h/a com 50 min. cada. Três séries participaram com suas respectivas turmas 5ª A e B, 6ª A e 7ª A do Ensino Fundamental, no turno da manhã, da Escola Estadual Dr. Pedro Afonso de Medeiros (EPAM), em Palmares, Mata Sul de Pernambuco. Para o professor de hoje, que trabalha na Educação Básica, ensinar regras de forma prazerosa, não é uma tarefa tão simples, principalmente quando se refere ao ensino de Língua Materna. Além disso, as metodologias tradicionais pouco facilitam a interação entre os envolvidos no processo de aquisição da aprendizagem em ambiente escolar. Quando elaborei o projeto, pensei apenas em fazer uso do lúdico para tornar minhas aulas mais atrativas. De uma coisa eu tinha certeza: a atividade seria motivadora e divertida. Motivadora, para chamar a atenção dos estudantes, que ficariam na classe, independentemente de tudo; e divertida, para despertar neles à vontade em aprender brincando. Motivadora e Divertida, pois eles sentiriam prazer em assistir às aulas e consequentemente aprenderiam o conteúdo prazerosamente. A parte da gramática que escolhi, então, foi a Fonética. Dessa maneira eles poderiam melhorar na leitura e consequentemente nas produções de textos orais e escritos. Enfatizei a Tonicidade das Palavras nas Regras de Acentuação Gráfica, pois a maioria dos estudantes, quando termina o Ensino Médio, desconhece a operacionalidade da acentuação gráfica em textos, bem como as normas ortográficas vigentes. Essas foram as principais premissas que me levaram a elaborar o projeto “Dominando a Acentuação Gráfica” cujo nome “Dominando” foi construído a partir do Processo de Formação de Palavras por Derivação Sufixal. É composto por duas fases distintas: Qualitativa e Quantitativa. Apresentadas ludicamente aos estudantes. Está fundamentado nos Quatro Pilares da Educação e baseado nas idéias de vários pesquisadores contemporâneos em educação. OBJETIVO GERAL: Sistematizar o conhecimento das Regras de Acentuação Gráfica em leituras de diversos tipos de textos, operacionalizando sua ordenação e emprego em produções de textos orais e escritos de acordo com as competências cognitivas de aprendizagem, guiadas pelas Inteligências Múltiplas no processo de ensino-aprendizagem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Os quatro pilares da educação -Ser, Conhecer, Conviver e Fazer- serviram de base para dar sustentação aos objetivos formulados no projeto. Assim, o conteúdo apresentado - As Regras de Acentuação Gráfica - foi sistematizado, progressivamente, de forma lúdica aos educandos, com os seguintes direcionamentos: Utilizar o brinquedo educativo “Dominando” como recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, estimulando, prazerosamente, a leitura e a escrita de textos; Compreender a idéia global do texto; Articular idéias para contar e recontar histórias; Utilizar a variedade padrão da língua em determinada situação; Conhecer as Nomenclaturas da Tonicidade das Palavras; Familiarizar-se com as Regras de Acentuação Gráfica; Diferenciar a posição da sílaba tônica nas palavras; Respeitar Regras e Normas de convivência sociais; Justificar o emprego da Acentuação Gráfica em certas palavras de acordo com as Normas da Ortografia Oficial. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Esta atividade é uma inovação. Elaborada na disciplina de Língua Portuguesa foi aplicada nas 5ª A/B, 6ª A e 7ª A séries do turno da manhã na Escola Pública Estadual Dr. Pedro Afonso de Medeiros, em Palmares-PE, em 2007, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, totalizando uma carga horária de 22/ha com 50 min. cada. Tendo em vista a grande dificuldade apresentada pelos estudantes com relação à Tonicidade das Palavras, em especial as Regras de Acentuação Gráfica, observamos a necessidade de uma prática Didático-Pedagógica inovadora que atendesse o conteúdo apresentado como também despertasse a idéia de que é possível aprender regras de forma prazerosa. Nesse contexto nasceu o Dominando a Acentuação Gráfica cujo nome “Dominando” foi construído a partir do Processo de Formação de Palavras por Derivação Sufixal. Composta por duas fases distintas: Qualitativa e Quantitativa, apresentada ludicamente aos estudantes. Está fundamentada nos Quatro Pilares da Educação (citado pelos PCNs) e baseada nas idéias de vários pesquisadores contemporâneos em educação. Dentre eles destacamos: Bechara, para o complemento gramátical; Gardner em as inteligências múltiplas; a contextualização do conteúdo em Morin; os processos de memorização de Piaget; a convivência em grupo social fundamentada em Vygostsky; a aplicabilidade interacional da Língua em Bakthin e a Coerência textual em Koch. Tudo isso relacionado intrinsecamente em nossa idéia de que todos os textos são, a princípio, coerentes. De modo que o único vencedor é a aprendizagem. Com efeito, o Dominando a Acentuação Gráfica é o ponto de intersecção entre o conteúdo gramatical e o estudante. Conduz, prazerosamente, o primeiro ao segundo. Composição do Jogo: Total de Peças: 40 Peças com Palavras: 20 Peças sem Palavras: 20 Quantidade máxima de Jogadores: 05 Quantidade de peças por jogador: 08 Divisão das Peças As peças são divididas em 04 grupos: 1. O primeiro grupo é formado por 05 peças com palavras Monossílabas Tônicas (M) acentuadas terminadas em a(s), e(s), o(s) e 05 peças sem palavras com a seguinte composição: Em uma das extremidades da peça tem uma numeração que vai de 01 a 04, na outra o símbolo ao qual o grupo pertence; 2 O segundo grupo é formado por 05 peças com palavras Oxítonas (O) terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens e 05 peças sem palavras com a seguinte composição: Em uma das extremidades da peça tem uma numeração que vai de 01 a 04, na outra o símbolo ao qual o grupo pertence; 3.O terceiro grupo é formado por 05 peças com palavras Paroxítonas (P) terminadas em r, l, n, x, i(s), um(uns), ão(s), ã(s), os e os ditongos e 05 peças sem palavras com a seguinte composição: Em uma das extremidades da peça tem uma numeração que vai de 01 a 04, na outra o símbolo ao qual o grupo pertence; 4. O terceiro grupo é formado por 05 peças com palavras Proparoxítonas (Pp) e 05 peças sem palavras com a seguinte composição: Em uma das extremidades da peça tem uma numeração que vai de 01 a 04, na outra o símbolo ao qual o grupo pertence. Obs: Em todos os grupos, a última peça é o curinga do grupo. Regras do Jogo - Do Início da Partida: A partida começa com o jogador que tiver palavra. Depois será observada a ordem alfabética de cada uma delas. Quem tiver a palavra que obedeça a ordem alfabética (A, B, C, D ... Z.), iniciará a partida; Após isso os outros jogadores seguirão aos comandos que virão em cada palavra colocada no tablado. O curinga pode ser colocado em qualquer um dos lados das peças durante a partida. Do Final da Partida: Vence o jogo que conseguir colocar primeiro todas as peças durante a partida. Quando nenhum jogador tiver a peça exata para continuar jogando, diz-se: “o jogo fechou”. Daí, quem tiver a menor quantidade de palavras vence a partida. Caso o empate permaneça, os participantes observarão a ordem alfabética das palavras para sair o vencedor. Mas, se os jogadores não tiverem palavras, será o vencedor quem pronunciar, em voz alta, uma palavra indicada pelo símbolo que está numa das extremidades da peça. Caso o empate ainda continue, os participantes observarão a ordem alfabética das palavras pronunciadas para finalmente sair o vencedor da partida. Obs: Quando algum dos jogadores, durante a partida, não tiver a peça exata para jogar naquele momento, diz: “atonei” e quem vencer a partida diz: “dominei”. METODOLOGIA: Esta pesquisa avaliou a aprendizagem dos estudantes das séries 5ª A, B; 6ª A e 7ª A do Ensino Fundamental do turno da manhã na Escola Dr. Pedro Afonso de Medeiros em Palmares – PE no segundo semestre de 2007, nos meses de setembro a dezembro, que tiveram como subsídio o instrumento pedagógico Dominando a Acentuação Gráfica. O quantitativo de estudantes por sala de aula é de aproximadamente 45, na faixa etária entre 11 a 17 anos. Esses alunos são da Zona Rural e municípios circunvizinhos da cidade dos Palmares. De 165 estudantes matriculados nas quatro turmas, 38 faltaram o dia do exercício final. Dos 127 que fizeram, mais da metade (67) entenderam o conteúdo, tirando uma nota igual ou superior a 5. Desses, 73%, que corresponde a 49 estudantes, estavam fora da faixa etária para a série que cursavam. E as melhores notas alcançadas -7 para 5ª “A” e “B” e 8 para 6ª “A” e 7ª  “A” ,70% - foram conquistadas por aqueles residentes em área rural. Por outro lado, ao fazer o cruzamento de dados por série, percebemos que a 5ª “A” teve os índices mais baixos na prova, no entanto, foram as idéias mais importantes durante a execução/concretização do projeto. AVALIAÇÃO: As atividades de leituras e escrita de textos, bem como a aplicabilidade com o jogo “Dominando” aconteceram não somente na sala de aula, mas também em ambiente escolar com diferentes estratégias de estímulos à leitura e à produção de textos dos mais variados gêneros textuais. Assim o contato efetivo do estudante com práticas de leituras e produções de textos orais e escritos esteve sempre presente durante o projeto. Ele é dividido em duas fases com características distintas: qualitativa e quantitativa. Na primeira, o aprendiz age cognitivamente durante cada partida, articulando saberes para “dominar” as jogadas. Essa é a fase de observação. É nela que se desenvolvem aguçadamente no aprendiz, as três habilidades: Lógico-matemática, Lingüística e Espacial. Dia-a-dia o conteúdo ficava mais presente no cotidiano dos estudantes, que não paravam de aprender, contrariando a idéia de que estudar regras é coisa chata e a sala de aula um local onde não se usava somente o quadro-negro e o giz. Para a outra fase, elaborei um exercício avaliativo final com dez questões, contemplando a competência lingüística, citada pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), de duas maneiras. Em uma, o estudante fazia inferências no texto a partir da leitura para calcular a idéia global, na outra, descontextualizava palavras para identificar a sílaba tônica até chegar às Regras de Acentuação Gráfica. É a fase contextualização. Com esses dados em mãos, constatamos que o Dominando a Acentuação Gráfica é a intersecção entre o conteúdo gramatical - Regras de Acentuação Gráfica - e o estudante. Conduz, prazerosamente, o primeiro ao segundo. Com o projeto, abrimos mais uma lacuna de reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem. Não existem apenas jogos de caráter cientificista em matemática e é possível aprender regras em Língua Materna – Regras de Acentuação Gráfica – de forma prazerosa. Basta ao professor usar de uma fundamentação teórica adequada ao contexto educacional atual para não cair mais no “erro” e na “ilusão” do passado, aplicando uma metodologia inovadora, guiada pelas múltiplas inteligências, cujo principal objetivo seja a aprendizagem. De modo que o conhecimento seja pertinente às necessidades de uma sociedade plural. Escola Estadual Dr. Pedro Afonso de Medeiros: XIV CIÊNCIA JOVEM - DOMINANDO A ACENTUAÇÃO GRÁFICA – APRESENTAÇÃO: O projeto tem o jogo pedagógico como elemento catalisador entre o conteúdo – As Regras de Acentuação Gráfica – e o educando, no processo de ensino-aprendizagem. É composto por duas fases distintas. Está fundamentado nos Quatro Pilares da Educação e baseado nas idéias de vários pesquisadores contemporâneos em educação. JUSTIFICATIVA: Para o professor que trabalha na Educação Básica, ensinar regras de forma prazerosa não é uma tarefa tão simples. Além disso, as metodologias tradicionais pouco facilitam a interação entre os envolvidos no processo de aquisição da aprendizagem em ambiente escolar. OBJETIVO: GERAL Sistematizar o conhecimento das Regras de Acentuação Gráfica, tendo o brinquedo educativo como instrumento coesivo, em leituras de diversos tipos de textos, operacionalizando sua ordenação e emprego em produções de textos orais e escritos no processo de ensino-aprendizagem. ESPECÍFICO Utilizar o brinquedo educativo “Dominando” como recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, estimulando, prazerosamente, a leitura e a escrita de textos. METODOLOGIA Esta pesquisa avaliou o rendimento da aprendizagem dos estudantes das séries 5ª A, B; 6ª A e 7ª A do Ensino Fundamental do turno da manhã na Escola Dr. Pedro Afonso de Medeiros em Palmares – PE, Mata Sul de Pernambuco, no segundo semestre de 2007, nos meses de setembro a dezembro, que tiveram como subsídio no processo de ensino-aprendizagem o instrumento pedagógico: Dominando a Acentuação Gráfica. POPULAÇÃO ATIVA Estudantes do Ensino fundamental (5ª A e B, 6ª A e 7ª A), Direção da Escola, Coordenador Pedagógico, Auxiliar da Biblioteca, Professores de outras disciplinas, Gestor da GRE - Mata Sul. CRONOGRAMA As atividades desenvolvidas durante o projeto aconteceram em várias etapas, distribuídas nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2007, totalizando uma carga horária de 22 horas, em dez dias de efetivo trabalho escolar. ANÁLISE DOS RESULTADOS O quantitativo de estudantes por sala de aula é de aproximadamente 45, na faixa etária entre 11 a 17 anos. De 165 estudantes matriculados nas quatro turmas, 38 faltaram o dia do exercício final. Dos 127 que fizeram, mais da metade (67) entenderam o conteúdo, tirando uma nota igual ou superior a 5. Desses, 73%, que corresponde a 49 estudantes, estavam fora da faixa etária para a série que cursavam. E as melhores notas alcançadas -7 para 5ª “A” e “B” e 8 para 6ª “A” e 7ª  “A” ,70% - foram conquistadas por aqueles residentes em área rural. Por outro lado, ao fazer o cruzamento de dados por série, percebemos que a 5ª “A” teve os índices mais baixos na prova. Esse exercício teve 10 questões de múltiplas escolhas, com apenas uma resposta certa. AVALIAÇÃO Na primeira fase do projeto o aprendiz age cognitivamente durante cada partida, articulando saberes para “dominar” as  jogadas. Essa é a fase de observação. É nela que se desenvolvem aguçadamente no aprendiz as três habilidades. Na outra, ele responde a um exercício avaliativo final contendo dez questões, contemplando a competência lingüística, citada pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), de duas maneiras. É a fase de contextualização. Com o projeto, abrimos mais uma lacuna de reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem. Não existem jogos de caráter cientificista apenas em matemática e é possível aprender regras em Língua Materna – Regras de Acentuação Gráfica – de forma prazerosa. Palmares-PE 2008.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECHARA, EVANILDO. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro, Lucerna, 2004.
BIDERMAN, M.T.C. Teoria Lingüística: Teoria Lexical e lingüística Computacional, São Paulo: Martins Fontes, 2001.
EDGAR, MORIN. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro, São Paulo: Cortez, 2005.
GARDNER, HOWARD. Cinco Minutos para o Futuro, Porto Alegre: Art Méd, 2007. _______ Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas: Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
GARNIER, CATHERINE. Após Vygotsky e Piaget: perspectiva social e construtivista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
KOCH, I.G.V. O texto e a Construção dos Sentidos, São Paulo: Contexto, 2003., _______ e TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A Coerência Textual. São Paulo: Contexto, 1990.
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. V 2. Brasília, 1997.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygostsky: Aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1997.
PENTEADO, J.R.W. A Técnica da Comunicação Humana, São Paulo: Pioneira, 1976.
TERRA, ERNANI. Curso Prático de Gramática, São Paulo: Scipione, 2002.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: Uma Proposta para o ensino de pragmática no 1º e 2º graus. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 1996.

Veja a entrevista do Professor Arantes Gomes aqui & mais aqui.

sábado, 16 de junho de 2018

PALESTRA NEUROEDUCAÇÃO & PRÁTICAS PÉDAGÓGICAS NO ENSINO-APRENDIZAGEM

NEUROEDUCAÇÃO & PRÁTICAS PÉDAGÓGICAS NO ENSINO-APRENDIZAGEM – APRESENTAÇÃO - O presente trabalho é resultado dos estudos do Grupo de Pesquisa Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva, concernente à pesquisa de campo realizada no projeto acadêmico sob a temática da Neuroeducação: relação escola, professor e aluno na Educação Pública de Maceió (MACHADO, 2016; MACHADO, 2016b; MACHADO, 2015), em 2015, envolvendo alunos e professores do Ensino Médio, bem como gestores de duas escolas do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (CEPA), a Escola Estadual Moreira e Silva, por meio da gestora Ely Quintela Lisboa Carvalho, e a Escola Estadual Pricesa Izabel, com as gestoras Sônia Suely Araújo Ferreira e Valquíria Balbino da Silva, em Maceió – AL, destacando o papel da neuroeducação no processo de ensino-aprendizagem e na qualidade de vida de docentes e discentes. Estes estudos tiveram por base as atividades desenvolvidas pelo neurocientista Joe Z. Tsien (TSIEN, 2007), o Programa de Enriquecimento Instrumental (Feuerstein's Instrumental Enrichment - FIE), do psicólogo Reuven Feuerstein (FEUERSTEIN, 1980), possibilitando o desenvolvimento da Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural (MCE) e da Teoria da Experiência da Aprendizagem Mediada (MLE), bem como pesquisas nas áreas da Neurociência Cognitiva e nas ideias de Freire (1983), Alves (2008), Vygotsky (1991), Freire (1987), Vygotsky (1991b), Nicida (2014), Mietto (2014), Moralles (2014), Carvalho (2014), Olivier (2013), entre outros, no sentido de verificar as práticas pedagógicas adequadas ao processo de ensino-aprendizagem à luz da Neuroeducação. Por essa razão, a presente palestra procura enfatizar a promoção de técnicas e conhecimentos acerca dos fundamentos e aplicações das Neurociências, especificamente da Neuroeducação, para o melhor desempenho das práticas pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem. Aborda desde a constituição do Sistema Nervoso e o seu desenvolvimento, as perspectivas holísticas da educação, a leitura do mundo e a dialogicidade, as dificuldades de aprendizagens, as condutas comportamentais adotadas na prática pedagógica articuladas com o princípio da afetividade, criatividade e inovação para um efetivo processo de ensino-aprendizagem.
JUSTIFICTIVA - Justifica-se a realização do presente trabalho, em primeiro lugar, em face de a educação ter assumido importante papel nas pautas de discussões mundiais e, por isso, vários debates envolvem as questões concernentes à relação entre a escola, os professores e os alunos, relativas ao processo de ensino-aprendizagem. Tais questionamentos se evidenciam em virtude das mudanças ocorridas durante a década de 1990, por força da edição da Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reafirmando que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, na promoção da formação e preparação para vida, para o trabalho e para o exercício da cidadania. Ao se abordar as questões atinentes à relação entre a escola, os professores e os alunos, surge a necessidade de observar as questões atinentes às praticas docentes referentes ao ensino-aprendizagem, por envolver currículo, a interação com o aluno, os conteúdos e competências requeridas, a produção e reprodução do conhecimento, a infraestrutura e os recursos utilizados, a integração escola/comunidade, entre outros, possibilitando uma leitura crítica do mundo, a dialogicidade e a interação entre docentes e discentes na prática educativa. Justifica-se, em segundo lugar, pela necessidade de adoção por parte da escola e dos professores de conhecimentos acerca da relevância do sistema nervoso na vida do ser humano, especialmente pela adoção de conhecimentos nas áreas de neurociências e, mais especialmente, da neuroeducação, possibilitando a todos melhor perfomance de aprendizagem e, consequentemente, melhor qualidade de vida. Tal justificativa se embasa no fato de que a neurociência está voltada para a aprendizagem e de como o cérebro se torna aprendente e aprende, entendendo-se a forma como as redes neurais desenvolvem suas atividades e de que maneira se processa o trânsito dos estímulos que chegam para ação cerebral de recepção, decodificação, consolidação e armazenamento das informações recebidas e memorizadas. Assim sendo, faz-se conveniente expressar que a neuroeducação ou neuroaprendizagem é a ciência que estuda a ação do cérebro aplicada à educação e à aprendizagem, voltada, assim, para situações de aprendizagem em ambiente clínico e educacional, para compreensão e domínio dos processos mentais que atuam na relação ensino-aprendizagem, com o objetivo de promover o desenvolvimento e crescimento humano. Por essa razão, esse campo neurocientífico procura compreender as atividades cerebrais e as emoções no processamento das informações para garantia da assimilação, apreensão, manutenção da memória, recuperação e uso das informações. A motivação para realização da palestra se encontra no fato de poder contribuir para melhoria das práticas pedagógicas pelo embasamento da dialogicidade, afetividade, transversalidade, inclusão, criatividade e inovação no processo de ensino-aprendizagem. Por conta disso, está direcionada para professores da Educação Básica, Educação Especial e Profissional.
OBJETIVOS: Geral: Destacar a importância da Neuroeducação na prática pedagógia com relação ao processo de ensino-aprendizagem. Específicos: Apresentar noções neurocientíficas que embasam a Neuroeducação no fomento da aprendizagem escolar; as perspectivas holísticas da educação contemporânea na formação e no exercício da cidadania, articuladas com a neuroeducação, transversalidade, dialogicidade, leitura crítica do mundo e princípio da afetividade; as práticas docentes investidas de criatividade e inovação, embasadas por fundamentos neuroeducacionais na condução do processo de ensino-aprendizagem. Em síntese, o objetivo da presente palestra está direcionado para identificação do papel da neuroeducação na educação e na melhoria da qualidade de vida e do processo de ensino-aprendizagem.
MARCO TEÓRICO - 1.1 O Sistema Nervoso: O sistema nervoso, em conformidade com Lent (2008), Machado e Haertel (2014), Conseza e Guerra (2011), Krebs, Wienberg e Akesson (2013) e Muszkay, Mello e Rizzutti (2010), é sumamente importante por ter a responsabilidade de regulação dos mecanismos garantidores da sobrevivência humana, tais como respiração, liberação de hormônios, digestão, regulação da pressão arterial, sensações, movimentos voluntários, comportamentos, entre outras. Este sistema possui a capacidade de modificação diante da ação de estímulos ambientais com a ocorrência da formação de novos circuitos neurais que reconfiguram a árvore dendrítica e alteram a atividade sináptica de determinados circuitos e grupos de neurônios. A esse processo do sistema nervoso, segundo Kirstensen, Almeida e Gomes (2001), é dado o nome de plasticidade, caracterizada pela transformação constante por que passa o sistema, permitindo a aquisição de novas habilidades cognitivas, motoras e emocionais, além de aperfeiçoar as habilidades já existentes. O sistema nervoso, conforme Machado e Haertel (2014), é dividido em sistema nervoso central, periférico e autônomo. O sistema nervoso central compreende as estruturas que se encontram localizadas na caixa craniana e na coluna vertebral, envolvendo na primeira o encéfalo, composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico, enquanto que a segunda envolve a medula espinhal. Assim, por ser o órgão de coordenação da atividade corporal humana, esse sistema possui outras funções, além dessa coordenação que são específicas como a motora e a sensibilidade, contribuindo para o normal funcionamento dos sentidos humanos e expressão dos afetos e da linguagem. Há que se considerar que nesse sistema, na observação de Lima et al (2014), ocorrem doenças mentais de base orgânica identificas como neuropsicopatologias, como também são incluídas as síndromes comportamentais e os transtornos mentais orgânicos, sintomáticos e do desenvolvimento psicológico. O sistema nervoso periférico compreende as diversas estruturas do sistema nervoso que se encontram distribuídas por todo organismo humano, tais como nervos espinhais e cranianos, gânglios e terminações nervosas. O sistema nervoso autônomo, em conformidade com Krebs, Wienberg e Akesson (2013), também recebe a denominação de sistema nervoso visceral ou neurovegetativo, integra o sistema nervoso como parte relacionada ao controle das funções da respiração, temperatura, homeostase, circulação do sangue e digestão. Em vista disso, compreende-se que o sistema nervoso em sua completude possui uma enorme complexidade funcional e anatômica. A compreensão dessas atividades possibilita o aperfeiçoamento das diversas funções cerebrais, proporcionando intervenções eficazes para o processo de aprendizagem. 1.2 A Neuroeducação: As Neurociências, conforme Machado (2008), são compreendidas como o estudo científico que se desenvolve acerca dos aspectos de desenvolvimento, funcionais, estruturais, celulares, moleculares, evolutivos e médicos do sistema nervoso. Surgida no sec. XX, a neurociência se desenvolveu como campo cientifico, agregando conhecimentos oriundos das mais diversas áreas, voltados para o tratamento das doenças neurológicas, buscando conhecer o funcionamento cerebral e melhoria da qualidade de vida do ser humano, notadamente no desenvolvimento de papel importante na área de educação, tornando-se guia para elaboração de estratégias de ensino-aprendizagem. Os estudos realizados na área das neurociências possibilitaram o entendimento de que o processo de aprendizagem se dá por meio da modificação dos comportamentos humano, quando ocorre um novo conhecimento para uma nova habilidade, seja ela de natureza cognitiva, psicomotora ou afetiva. Esses estudos levaram ao entendimento de que a aprendizagem possui íntima dependência da interação entre o individuo e o seu meio, tornando-se significativa com da adoção educacional da prática inclusiva, criativa e inovadora, afastando segregação ou discriminações. Tal fato proporcionou a abertura de novos horizontes, especialmente pelo fato de que na aprendizagem há a necessidade física de mudança cerebral com o crescimento das espículas dendríticas para que o comportamento seja devidamente modificado. Com essas mudanças cerebrais é que ocorre a consolidação da aprendizagem, resultantes do aumento das espinhas dendríticas hoje acompanhadas e monitoradas por meio de equipamentos que identificam as atividades neurais. Por consequência, os estudos neurocientíficos possibilitaram o entendimento de que a aquisição de novos conhecimentos e habilidades que resultam na aprendizagem, proporciona a mudança do comportamento, em razão da informação ou conhecimento recolhido que passou da memória operacional para ser consolidado na memória de longo prazo. Para que isso ocorra é preciso que haja equilíbrio em diversas funções físicas, principalmente do equilíbrio do sono para que tal aprendizagem seja efetivada, entre outras medidas que envolvem criatividade e inovação. Percebeu-se, portanto, que as descobertas e avanços ocorridos na área da neurociência relacionada com o processo de ensino-aprendizagem, tornaram-se indubitavelmente importantes para a área educacional, tendo em vista as direções tomadas para o estudo do cérebro que aprende. Tal fato se deve à constatação de que a aprendizagem e todo processual educacional envolve processos neurais que estão relacionadas com as atividades sinápticas do complexo e maravilhoso processamento de reação de estímulos do ambiente efetuado pelo cérebro, efetuando ligações entre os neurônios, tornando-se intensa a comunicação entre os estímulos que transitam para formarem circuitos processadores das informações que serão consolidadas na mudança comportamental. Tem-se, com isso, a certidão de que a neurociência passou a desvendar a função matricial do cérebro no processo de aprendizagem, por meio da identificação das funções dos lobos, sulcos, regiões e reentrâncias cerebrais de forma interativa e articulada entre si. Tais funções consolidam a memória e possibilitam o mecanismo da atenção, da memorização, da cognição, da escrita e da linguagem. Por consequência, tais conhecimentos proporcionaram a adoção de estratégias adequadas para o ensino-aprendizagem, contribuindo, assim, para aquisição, produção e reprodução do conhecimento, bem como da melhoria da qualidade de vida do sujeito na prática educacional. A neuroeducação foi criada por Susan Leigib com o objetivo de trabalhar com as informações do sistema mental com base no conceito do mapa holográfico cerebral, construído pelo cérebro na codificação da realidade. Compreende, portanto, um composto de técnicas com estrutura da mecânica quântica que permite a neuroprogramação das matrizes de inteligência, para intervenção em áreas específicas do sistema mental e criação de possibilidade que potencializem as matrizes lógicas. Trata-se de um processo que objetiva a potencialização do uso cerebral por meio do processo educacional, a partir do conceito de tela mental e imaginação por meio de ferramentas capazes de intervir sobre as deficiências ou dificuldades de aprendizagem para torná-la fácil, rápida e acessível a todos. Por consequência, esse ferramental possibilita ao sujeito atingir o máximo potencial de funcionalidade e capacidade para melhoria da qualidade de vida do individuo. Assim sendo, a neuroeducação é a área científica que estuda e procura compreender os distúrbios, doenças nervosas e mentais que afetam o processo de aprendizagem, possibilitando ao profissional da educação na identificação de problemas que possam ocorrer na sala de aula. Além disso, atua na identificação e tratamento das dificuldades de aprendizagem, deficiências de audição e visão, dislexia, discalculia, dispraxia, gagueira, hiperatividade e desordem de atenção, disfunções cerebrais e do desenvolvimento, retardamento mental, lesões cerebrais, além de doenças sistêmicas e doenças mentais como depressão, ansiedade, entre outras. Está voltada para tornar o ato de estudar, frequentar escola, leitura de livros, pensar, aprender novas coisas como uma atividade muito interessante, prazerosa, fácil e ao alcance de todos, com o objetivo de trabalhar na superação de incapacidades de aprendizagem e para expansão dos conhecimentos específicos. Assim sendo, a neuroeducação atua no tratamento das dificuldades de aprendizagem no estudo formal, memorização, execução de instrumentos musicais, concentração e motivação, entre outras atividades. Em vista do exposto, a neuroeducação e neuroaprendizagem objetivam a criação das melhores condições de ensino e aprendizagem, tanto para os profissionais da educação como para os clínicos em geral. Atua, portanto, na identificação, compreensão e criação de estratégias que possibilitem o desenvolvimento e estimulação dos processos neurocognitivos fundamentais que envolvem o ato de aprender. Além do mais, procura criar métodos eficazes de ensino-aprendizagem nas mais diversas situações, compreendendo as bases neurocientíficas dos processos que envolvem a relação ensino-aprendizagem, identificação dos perfis neuropsicológicos na normalidade e nos principais transtornos que possam ocorrer no processo de aprendizagem; aplicação prática de conhecimentos e estratégias neurocientíficas que possibilitem a garantia de um melhor processo de ensino-aprendizagem; desenvolvimento e aplicação de estratégias de ensino na educação especial com o objetivo da inclusão escolar e social. Há que se evidenciar que o acompanhamento e participação do profissional do psicólogo ou de profissionais da área neurocientífica na educação é de suma importância também para o caso de identificação de dificuldades ou enfermidades, na indicação de psicofármacos que sejam benéficos para melhoria da aprendizagem, minimização de problemas comportamentais ou interferência nas dificuldades de relação na vida escolar. A parceira educação com as neurociências indubitavelmente proporciona melhorias eventuais pela melhor compreensão que se terá do quadro clínico de cada aluno que se encontre com deficiência ou dificuldade, para instaurar um efetivo quadro de inclusão social e escolar. 1.3 A criatividade e a inovação no ambiente escolar: As mudanças ocorridas nas últimas décadas em todo planeta se manifestaram de forma profunda na transformação da sociedade e afetando diretamente as relações individuais e coletivas. A partir de então, a criatividade e a inovação passou a ser o requerimento de toda organização, a partir de uma base pautada no conhecimento e na competência, como ferramentas indispensáveis para enfretamento da turbulência contemporânea. Em vista disso, observa-se o quão importante é a motivação no contexto da gestão de pessoas no complexo organizacional contemporâneo, sobretudo educacional. Tem-se, portanto, que para o enfrentamento das mudanças e dos desafios turbulentos da atualidade, faz-se necessária a adoção de práticas voltadas para a criatividade e a inovação na gestão de pessoas, nos negócios contemporâneos e no processo de ensino-aprendizagem. Encontra-se em Gomes e Lapolli (2015, p. 19) que “Os estímulos à criatividade e à inovação têm sido estudados por vários teóricos e gestores das organizações interessadas em sobreviver no mercado competitivo em que estão inseridos”, chamando a atenção para a relação estreita existente entre a inovação e o ambiente, sendo esta relação um dos fatores mais importantes para o estímulo da criatividade. Nesse sentido, observam Sternberg e Lubart (1999) que os fatores estimulantes à criatividade e inovação são aqueles ambientes em que as diferenças são aceitas e incentivadas para confronto com os riscos e premiação da inovação, fomentando a autonomia e a liberdade de criação. Para Alencar e Fleith (2003), são justamente o hábito, a intolerância, o apego a tradições, a rigidez e o formalismo no tratamento das relações interpessoais que formam os fatores que são identificados como barreiras à inovação e, por consequência, inibidores do processo de criatividade no ambiente organizacional escolar. Chama atenção Csikszentimihalyi (1999) que a criatividade por ser associada à atividade artística e está intimamente ligada à inovação, tornando-se, por isso, dois conceitos unificados, tendo em vista que a capacidade criativa possui a definição conceitual de habilidade inovadora para geração de ideais, soluções e alternativas para um determinado problema apresentado e que, por sua vez, a inovação é identificada como a capacidade de traduzir e converter ideias para aplicação em um determinado momento. Hill e Amabile (1993) expressam que o desenvolvimento de potencialidades criativas inatas em qualquer ser humano, podem ser evidenciadas por meio de técnicas de grande valor no âmbito empresarial e escolar, fomentando o processo criativo no ambiente organizacional. Anotam Amabile et al (2005), que o processo de criação de ideias e sua utilização inovadora é determinado por um processo de aplicação que proporciona a solução de problemas e formulação de estratégias de transformação e mudança, permitindo a adaptação organizacional a um novo cenário ou nova situação. Esse processo, para Hill e Amabile (1993), possui fases que são identificadas inicialmente na definição de detecção do problema, a geração e seleção de ideias, e a fase final que é a do consenso e a implementação da ideia desenvolvida. Acrescentam Alencar e Fleith (2003), que esse processo inovador deverá ser submetido a um contínuo processo de revisão para que a criatividade se torne um hábito e uma atitude presente no ambiente organizacional. Nesse sentido, Mussak (2010), chama atenção para a atitude criativa que se define na procura incessante de alternativas que visualizem a solução ou formulação dessa solução por meio de respostas a um problema ou situações existentes. Por conta disso, expressam Souza et al (2015), que a criatividade possui relação direta com a utilização permanente de métodos e mecanismos que não se encontram no contexto de lógicas tradicionais ou esquemas preestabelecidos, apoiando-se, portanto, em atitudes criativas que buscam novas ideias, novos parâmetros lógicos, novos enfoques e métodos diferentes para reinterpretação da realidade, com a finalidade de encontrar e interceptar problemas e suas respectivas soluções. Desta forma, a criatividade, para Souza et al (2015), é a constante procura por alternativas para formulação de soluções em situações existentes para a mudança, correspondendo, portanto, a uma estratégia competitiva. Conclusivamente observa-se que o conhecimento ofertado pelas neurociências acerca da função do sistema nervoso, possibilita uma maior compreensão entre os comportamentos e sintomas dos alunos que se encontrem na condição de sadios, como aqueles que apresentem dificuldades ou enfermidades que possam ser tratadas. Tem-se que esse conhecimento possibilita a aptidão efetiva e de forma ampla para compreensão das relações existentes no processo de ensino-aprendizagem. Percebe-se, portanto, que a articulação da neurociência e neuroeducação contribuem para a prática educacional na relação ensino-aprendizagem, por se encontrarem relacionadas com a percepção das emoções e das cognições que se fazem presentes nas relações sociais e educacionais. Tendo em vista a importante ação e função do cérebro no organismo humano, ficou compreendido o comportamento humano é o resultado da atividade exercida em conjunto pelas células nervosas que compõem as redes neurais e que se constituem no sistema nervoso do ser humano. As mudanças de comportamento humano dependem diretamente do número de neurônios e das substancias químicas resultantes das suas atividades, bem como das conexões neurais organizadas nas trocas de informações sinápticas. Tendo-se o fato de que o cérebro é o importante órgão que se encontra responsável pela aprendizagem e que, por outro lado, os professores e educadores atuam em suas práticas profissionais no fornecimento de estímulo que serão direcionados para identificação, consolidação, seleção, decodificação e armazenamento dessas informações, possibilitando, assim, o desenvolvimento do aprendizado e mudanças de comportamento, visualiza-se com isso, que as neurociências e a neuroeducação assumem papel relevante na prática educacional, notadamente na relação ensino-aprendizagem, por terem por foco o estudo e as pesquisas acerca do sistema nervoso, suas células e moléculas, órgãos, estruturas e funções específicas que incidem diretamente nas mudanças do comportamento humano. Os avanços nessas áreas científicas trouxeram uma maior compreensão do funcionamento e operação do sistema nervoso, notadamente acerca das funções e atividades do cérebro, possibilitando uma melhor adoção de praticas cientificas no processo educacional. Faz-se mister, portanto, que preocupando-se com o processo de ensino-aprendizagem, há que se valorizar substancialmente os conteúdos oriundos das áreas científicas estudadas, entendendo que cada uma delas favorece uma prática educacional mais consistente, humanizada e inclusiva. Por conta disso, está mais do que claro o destaque da importância da neuroeducação pelo devido conhecimento e compreensão dos processos cerebrais, sinapses, funções, estruturas e atividades, percebendo o quão necessário se faz para se entender as necessidades e potencialidades dos alunos na sala de aula. Tais conhecimentos adquiridos embasam e robustecem o arcabouço intelectual do profissional de educação e de outras áreas, no atendimento das necessidades dos alunos, experimentando possibilidades de entendimento acerca da apreensão de conteúdos, promoção de habilidades e competências, bem como de se entender o trâmite do processo de aprendizagem que vai desde a recepção do estímulo e os demais processos neurais até a apreensão e armazenamento dos conhecimentos. Com isso, entende-se que a Neuroeducação possibilita a adoção de estratégias educacionais para uma adequada forma de ensino-aprendizagem, garantindo o aprender de todas as formas, possibilitando que esse aprender seja determinantemente efetuado de formas a promover habilidades e competências.
A PALESTRA - A palestra tem uma duração prevista de 1:30hs, com exposição de slides e apresentação de técnicas e estratégias que possibilitem o desenvolvimento de uma prática pedagógica afetiva, dialógica, inclusiva, transversal, criativa e inovadora no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto se faz necessário a utilização de equipamentos como pedestal, microfone e projetor de slide. Honorários do palestrante: R$ 1.200,00 (Hum mil e duzentos reais).
O PALESTRANTE- Luiz Alberto Machado é cantautor radialista e pesquisador nas áreas de Direito, Educação & Psicologia. Contato: Fones: (81) 99996.1579 & (81) 99606.4436 Mail: luizalbertomachado@gmail.com ATIVIDADE ACADÊMICA: Participa do Grupo de Pesquisa: Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva e do Grupo de Pesquisa Psicologia Social & Formação Humana – Cesmac – Maceió – AL TRABALHOS ACADÊMICOS: Cidadania, Educação & Meio Ambiente – Palestra apresentada no Projeto PROTEJO-Maceió, Fundação Darcy Ribeiro/ Ministério da Justiça/Pronasci, 2010 (também apresentada em diversas escolas, faculdades e instituições). Brincar para aprender – palestra/paper apresentados durante a V Bienal Internacional do Livro de Alagoas – Universidade Federal de Alagoas – 2011. Contribuição do teatro para o desenvolvimento da linguagem infantil: uma abordagem acerca da teoria de Vygotsky – Palestra/paper apresentados durante o IV Congresso de Psicologia – Uninove – SP, 2014. Neurofilosofia & Contemporaneidade – Palestra apresentada no Café Filosófico/O Nordestão – Palmares – PE, 2017. A Literatura de Hermilo Borba Filho, palestra apresentada durante o Congresso de Educação, Ciência e Cultura: centenário de Hermilo Borba Filho, na Biblioteca Ascenso Ferreira/Aemasul/Famasul/Palmares-PE. Hermilo Borba Filho e a cultura popular, no Festival Arte na Usina – Safra 2017, em Água Preta/Xexéu- PE. Oficina Literatura de Cordel – realizada em diversas escolas, bienais, faculdades e instituições, durante os anos de 2010-2016. PUBLICAÇÕES: É autor de 6 livros de poesias, 8 de literatura infantil, 2 de crônicas, 1 de estudos acadêmicos & 1 folheto de cordel. Inserido em diversas antologias, entre elas Poetas de Palmares (Nordestal, 1986), Poetas de Maceió (Bagaço, 2012) e Guardados e escritos (Guarajás-RJ, 2008). Edita os blogs: BRINCARTE DO NITOLINO (dedicado ao público infanto-juvenil, abordando temas das áreas Educação, Direito, Psicologia e Artes – Literatura, Música e Teatro): http://brincabrincarte.blogspot.com.br/ & BLOG DO TATARITARITATÁ: http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/
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