domingo, 15 de maio de 2022

TEMAS DE EDUCAÇÃO

 

 ...É claro que a maioria dos estudantes ainda anseia fortemente por encontrar significado. Mas essa busca não é mais o principal motor de sua formação... No entanto, as culturas que dão à vida um significado positivo podem ajudar as pessoas a crescer e levar uma vida mais saudável. A vida é bela e há fontes de significado ao nosso redor que podemos explorar. As pessoas que se mostraram mais resilientes diante das adversidades são aquelas que construíram suas vidas em pilares que lhe dão sentido.

Pensamento da escritora, psicóloga e jornalista estadunidense Emily Esfahani Smith.

 

APRENDER A APRENDER

ARTIGO: AO LER, LEMOS A NÓS MESMOS, GRAÇA LINS

CONTRIBUIÇÃO DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURAESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO DE JOVENS & ADULTOS

EDUCAÇÃO, DIREITO & MEIO AMBIENTE

EDUCAÇÃO, ESTUDOS & PESQUISAS

EDUCAÇÃO & ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO & ESCOLA

EDUCAÇÃO & OUTRAS APRENDIZAGENS

EDUCAÇÃO NO BRASIL

EDUCAÇÃO SEXUAL

EDUCAÇÃO, TEMAS & ESTUDOS EDUCACIONAIS

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM

LIVROTERAPIA

NEUROEDUCAÇÃO & PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

PAULO FREIRE & A ESCOLA TRANSFORMADORA

PSICOLOGIA NA FORMAÇÃO DOCENTE

SOCIEDADE DA MENTE DE MARVIN MINSKY

VOCABULÁRIO TÉCNICO DE LITERATURA DE ASSIS BRASIL

URBANIZAÇÃO, ENCHENTES & EDUCAÇÃO AMBIENTAL



 


segunda-feira, 9 de maio de 2022

CONTRIBUIÇÃO DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA ESCOLAR – ESCOLA MUNICIPAL MARIA DAS MERCÊS – SEMED XEXEU-PE.

 

 

Educação Básica e Inovação/Educação de Jovens e Adultos

 

CONTRIBUIÇÃO DA ARTE NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA ESCOLAR*

 

CONTRIBUTION OF ART IN THE DEVELOPMENT OF SCHOOL READING

 

Admmauro Gommes

Walmir de Melo Ferreira

Janilson Sales

Greici Kelly Belloso

Antônio de Souza Júnior

Luiz Alberto Machado

Secretaria Municipal de Educação (SEMED – Xexéu-PE)

 

RESUMO

 

Tendo em vista que a arte proporciona maior desenvolvimento da atividade criativa e a maior integração com a vida e o meio do indivíduo, o presente estudo pretende analisar a contribuição das atividades artísticas para o melhor desempenho da leitura entre alunos da Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Maria das Mercês, Xexéu – Pernambuco. Justifica-se pela elaboração de projeto para promoção da leitura por meio das artes, desenvolvida em ação conjunta da Secretaria Municipal de Educação com os gestores e a comunidade do Bairro da Boa Vista, daquele município, realizando uma série de ações pedagógicas para este fim. Objetiva analisar a importância das artes para o melhor desenvolvimento da leitura por parte do aluno, observando a aplicação das atividades artísticas para êxito com resultados obtidos, possibilitando análise acerca da contribuição da arte para a prática educativa. Os resultados demonstraram a evolução do processo criativo individual entre os alunos em contato com a arte, tendo-se observado a valorização da identidade e da autoestima com a afirmação e descoberta da capacidade criativa por meio da expressão de cada um dos estudantes que participaram das atividades realizadas.

 

Palavras-chave: Arte. Educação. Prática Pedagógica.

 

ABSTRACT

 

Bearing in mind that art provides greater development of creative activity and its greater integration with the life and environment of the individual, the present study intends to analyze the contribution of artistic activities to the better performance of reading among students of Early Childhood Education, early years of the Elementary School and Youth and Adult Education (EJA) at Maria das Mercês Municipal School, Xexéu – Pernambuco. It is justified by the elaboration of a project to promote reading through the arts, developed in joint action by the Municipal Department of Education with the managers and the community of Bairro da Boa Vista, in that municipality, carrying out a series of pedagogical actions for this purpose. It aims to analyze the importance of the arts for the better development of reading by the student, observing the application of artistic activities for success with results obtained, enabling analysis about the contribution of art to educational practice. The results showed the evolution of the individual creative process among students in contact with art, having observed the appreciation of identity and self-esteem with the affirmation and discovery of creative capacity through the expression of each of the students who participated in the activities carried out.

 

Keywords: Art. Education. Pedagogical Practice.

 

INTRODUÇÃO

 

O estudo ora apresentado trata acerca da temática da contribuição da arte para o desenvolvimento de atividades de leitura no âmbito escolar, envolvendo práticas artísticas entre os estudantes da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Escola Municipal Maria das Mercês, do Município de Xexéu, Estado de Pernambuco.

Pretende com isso enfatizar a importância da articulação artística com a prática pedagógica, no sentido de identificar a sua contribuição para o ensino-aprendizagem, especificamente no desenvolvimento da leitura pelo alunado.

 

AS ARTES E A LEITURA

 

A arte estimula a criatividade e o universo lúdico individual, seja da criança, adolescente, jovem ou adulto, razão pela qual proporciona importantes subsídios aos docentes para encaminhamento e busca do melhor aprimoramento de sua atuação na área profissional, sobretudo no processo de ensino-aprendizagem.

Levando em consideração Freire (2022, s/n):

A arte tem que participar da escola como ela mesma, como fim. Ela pode até ser meio, mas ela tem que ser respeitada como atividadefim. A arte tem que ter um lugar de respeito na escola. [...] Na medida que a prática escolar considerar a expressão artística como algo substantivo, como algo tão necessário quanto saber matemática, para a vida; no momento em que a escola testemunha isso ao aluno, no momento em que respeita a expressividade criadora do aluno, em que a escola respeita as práticas fazedoras de boniteza dos meninos e das meninas.

 

A partir dessa expressão passou-se a observar que a arte contribui de forma esplêndida para o desenvolvimento individual, tendo em vista ofertar condições de aprimoramento do aprendizado e do fazer.

Assim sendo, a arte contribui para o processo educacional por meio de uma proposta instrumental teórico-metodológica capaz de proporcionar uma postura crítica e reflexiva a respeito das práticas educativas voltadas tanto para crianças, como adolescentes, jovens e adultos, preparando-os para a reflexão e observação das mais diversas experiências. Além do mais observa Freire (2013, p. 361): “A educação é já essa arte, apesar de se poder fazer pela arte também. Ela é em si uma proposta artística, ela já tem arte [...] O que faz da educação uma arte é precisamente quando a educação é também um ato de conhecer”.

Tanto é o objetivo da Educação Artística, conforme anotado por Machado (2022) e Silva e Abraão (2022), procurar o desenvolvimento da capacidade de percepção estética e do pensamento artístico, influenciando o ordenamento e o sentido da vida do estudante.

No caso da Educação Infantil, segundo Santos e Costa (2022, p. 4), a compreensão das artes passa pelo sentido de “[...] espaço de experimentação, de jogo, onde a criança possa construir uma análise pessoal das suas construções [...]”. Para os autores é com a realização de atividades artísticas que a criança pode desenvolver a autoestima e sentimentos, bem como obter a “[...] capacidade de representar o simbólico, analisando, avaliando e fazendo interpretações, desenvolvendo habilidades específicas da área das artes [...]” (SANTOS, COSTA, 2022, p.4).

Desta forma observa-se que o ensino da arte para as crianças da Educação Infantil possibilita o desenvolvimento da competência artística e estética na produção de trabalhos individuais ou grupais e, a partir disso, de forma progressiva desenvolver a apreciação, o desfrute, a valorização e o julgamento dos bens artísticos ofertados.

No Ensino Fundamental, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz a proposta de articulação das linguagens artísticas com as dimensões do conhecimento na aprendizagem dos alunos, dimensões essas identificadas na criação, na crítica, na estesia que é a experiência sensível dos sujeitos; na expressão, na fruição e na reflexão. Quer dizer então que estas dimensões do conhecimento e a abordagem das linguagens de forma simultânea e indissociável possam caracterizar a singularidade atinente à experiência artística (BRASIL, 2022).

Para os anos iniciais do Ensino Fundamental a BNCC estabelece o desenvolvimento de competências específicas que se encontrem na exploração, conhecimento, fruição e análise crítica das práticas e produções artísticas e culturais; compreensão das relações entre as linguagens artísticas e as práticas integradas; a pesquisa e conhecimento das distintas matrizes estéticas e culturais; a vivência experiencial do lúdico, do perceptivo, da expressão e da imaginação por meio de ressignificação dos espaços escolares e do seu entorno; mobilização de recursos tecnológicos para registro, pesquisa e criação; estabelecimento das mais diversas relações sociais entre a arte e a mídia, consumo e mercado; problematização de forma diversificada com exercícios artísticos das questões que transitam pelas relações humanas; o desenvolvimento da autonomia, da autoria, da crítica e da ação colaborativa e coletiva artisticamente; e análise e valorização do patrimônio artístico com suas diferentes visões de mundo (BRASIL, 2022).

Neste sentido, observam Ângelo (2020), Pinto (2022) e Garcia e Lopes (2022), que a utilização da arte em sala de aula proporciona a criação de uma sinergia peculiar e mais ampla entre alunos e professores, traduzindo com isso o papel importante da arte no desenvolvimento do dialógico e do lado emocional, além de preparar o educando para a vida e para o trabalho.

Com relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA), em conformidade com o expresso por Santos (2022), Aguiar e Andrade (2022), Araújo e Oliveira (2022), dadas as especificidades desta modalidade educacional, a arte e o aprendizado da prática artística proporciona a ampliação do relacionamento entre o estudante jovem ou adulto com a escola, desenvolvendo, com isso, a expressão e criatividade. Observa-se que o dimensionamento da EJA com relação ao paradigma estético possibilita o desenvolvimento de sujeitos imbuídos da curiosidade pela criatividade, sensibilidade e intuição, ampliando-se a autonomia e a relação com o mundo entre uns e outros e consigo próprio.

Observa Santos (2022) e Aguiar e Andrade (2022) que o conhecimento artístico entre alunos da EJA oportuniza o desenvolvimento da expressão e da criatividade, ampliando a comunicação e promoção de vivências.

Acrescenta Araújo e Oliveira (2022) que a utilização da arte com a mediação pedagógica da leitura traz a promoção de desafios cognitivos que são capazes de fomentar o desenvolvimento da autonomia, da criação e da imaginação no aprendizado.

Em vista disso, tanto na Educação Infantil, como nos anos iniciais do Ensino Fundamental e da EJA, observa-se que a arte tem muito a contribuir para a leitura face o aguçamento da curiosidade para as descobertas.

Neste sentido Freire (2003, p. 261) observa que:

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí, entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e da escrita. É que ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação.

 

Mediante o exposto, observa-se que o ato da leitura consequentemente traz o significado de afirmação do sujeito e como produtor da linguagem e singularidade interpretativa da sua história e o que o rodeia, uma vez que se trata do processo pelo qual o aluno efetua uma ativa forma de construir significados, por meio do processo psicológico que compreende operações cognitivas e utiliza estratégias diversificadas no sentido sociocultural e linguístico, na interação e mobilização de muitos níveis de conhecimento.

Desta forma, entendem Aguiar e Andrade (2022) que o ato da leitura é constituído pela interação entre conhecimentos que emergem do texto e os já de posse do estudante, com o acréscimo das possibilidades de interpretação na identificação do que se encontra expresso tanto no texto como no processo comunicacional com o outro.

É neste sentido que se articula as práticas artísticas ao processo de ensino-aprendizagem, compreendendo o envolvimento de alunos da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da EJA, para promoção da leitura e, consequentemente, da escrita.

 

MÉTODOS

 

O trabalho ora realizado obedece aos critérios de pesquisa descritiva e bibliográfica, tratando a respeito das atividades desenvolvidas entre os alunos da Educação Infantil, dos anos inicias do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Maria das Mercês, localizada no Bairro da Boa Vista, em Xexéu, Pernambuco.

A base teórica para desenvolvimento do presente estudo está situada a partir das obras de Paulo Freire e nas proposições efetuadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além dos estudos desenvolvidos por Pinto (2022), Santos (2022), Ângelo (2020), Machado (2022), Santos e Costa (2022), Aguiar e Andrade (2022), Garcia e Lopes (2022), Araújo e Oliveira (2022) e Silva e Abrão (2022).

As atividades aplicadas no recinto escolar foram realizadas entre os dias 1 de março e 20 de abril, executadas diariamente em sala de aula, depois da abertura ocorrida em solenidade no dia inaugural, apresentando o planejamento de todo o projeto.

Estas atividades ocorreram no recinto escolar e envolveram 11 alunos da Educação Infantil, 145 alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, e 72 alunos da Educação de Jovens e Adultos, perfazendo um total de 228 alunos que participaram diretamente das tarefas  realizadas para promoção da leitura utilizando linguagens artístcias.

Todo trabalho foi dividido em 3 partes, a primeira executada de 1 a 18 de março; a segunda de 21 a 31 de março; e a terceira, de 4 a 20 de abril, conforme especificadas nos resultados deste estudo.

 

RESULTADOS

 

Durante os meses de março e abril foram desenvolvidas atividades planejadas pela equipe de gestores, professores e comunidade da Escola Municipal Maria das Mercês, situada no bairro da Boa Vista – Xexéu - PE, para promoção da leitura, reunindo inicialmente alunos da Educação Infantil, posteriormente incluindo os das séries iniciais do Ensino Fundamental e, em seguida, incluindo alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Este projeto recebeu inicialmente o nome de “Quem escreve um livro cria um castelo, quem lê mora nele”, baseado na obra de Monteiro Lobato e levando à reflexão por meio das artes, sobretudo da Literatura, para a prática da leitura e escrita como elementos essenciais para a alfabetização.

Desenvolveu-se, portanto, tarefas que levassem em consideração práticas lúdicas com utilização de uma diversidade de recursos para os alunos ampliarem a leitura e o aprendizado de habilidades.

Tendo-se por base o que dissera Freire (2013, p. 189) “Ensinar significa provocar a curiosidade do educando a tal ponto que ele se transforme em sujeito da produção do conhecimento que lhe é ensinado”, as atividades foram desenroladas diariamente no recinto escolar.

Procurou-se a partir de então criar uma série de espaços próprios para o cultivo e acesso à leitura entre os alunos, dentro da própria sala de aula e em outros diversos locais no espaço escolar, mantendo-se por base as ideias de Freire (2000).

Tencionou-se com isso cultivar o hábito da leitura e, por consequência, a transformação do mero espectador em agente transformador ativo, propiciando-se, então, ambientes estimulantes para a prática da leitura, com o objetivo de dar bom desenvolvimento das aptidões com ações contextualizadas e interdisciplinares interligadas com a vida e o contexto social dos estudantes, visando, enfim, proporcionar através da leitura o alargamento dos horizontes pessoais e culturais, com elo na linguagem formal e informação.

A introdução da arte para promoção da leitura se deu por meio de apresentação do projeto de leitura aos professores e estudantes com a proposta pedagógica e exposições teatrais com música e literatura, além de práticas lúdicas, tais como brincadeiras, jogos, contação de histórias, representações e recitais, atividades de pintura e confecções de materiais.

A segunda parte do projeto de leitura englobou a vivência em sala de aula com as leituras de um lugar dedicado para esta prática, cujo ambiente específico proporcionasse aconchego e relaxamento, harmonia com decoração a partir de ilustrações produzidas pelos próprios alunos e professores, contribuindo para a imaginação e criatividade.

Neste espaço foram depositados os livros paradidáticos disponibilizados pela instituição escolar, para que os alunos passassem a ter contato direto com as obras de escritores da Literatura brasileira.

A terceira parte compreendeu a disponibilização em cada espaço de leitura em sala de aula, de caixas de leitura contendo uma variada tipologia de textos, tais como: poesia, contos, receitas, manuais, bulas, notícias, narrativas ficcionais, textos teatrais, partituras, letras de músicas, piadas, trava-línguas, fábulas, quadrinhos, entrevistas, memes, notícias, panfletos, convites, colagens, cartas, biografias, cordéis, diários, pesquisas, entre outros materiais.

Exemplo dessa atividade é a caixa de Matemática contendo gêneros textuais contextualizados com a matemática presente nas obras literárias e noutros gêneros artísticos.

Elaborou-se a partir de então espaço no ambiente específico com a introdução de teatro de fantoches e deboches, como elemento para desenvolver a criatividade, imaginação e verbalização dos estudantes, além da exposição de contos e histórias utilizadas como recursos pedagógicos.

Também foram introduzidas maletas e aventais com o objetivo de expandir a leitura na sala de aula para o domicílio dos alunos com recolhimento diário, contribuindo para integração e participação dos pais e responsáveis no âmbito escolar, adotando-se na sala de aula a utilização de um “leitômetro” para classificar a participação dos alunos.

A culminância desta etapa se deu com a presença do Secretário e dos assessores da Secretaria Municipal de Educação de Xexéu, para aferir o desempenho das atividades realizadas, ocasião em que foram efetuadas diversas apresentações, a exemplo de saraus, cantorias, jograis e representações artísticas promovidas pelos professores com os alunos da Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) do educandário em apreço.

As atividades desenvolvidas nesta primeira etapa continuam nas práticas regulares em sala de aula, com o objetivo de despertar o potencial cognitivo e criativo, promover o vocabulário favorecendo estabilização de formas ortográficas, possibilitar a vivência de emoções por meio de fantasia, criatividade e imaginação; incentivar o desenvolvimento da oralidade, estabelecendo e ampliando relações sociais, além de garantir a formação crítica e emancipadora, bem como a integração afetiva entre professores e estudantes no ambiente escolar, enfim, procurando estimular e incentivar os estudantes a desenvolver gosto pela leitura.

 

QUADRO DAS ATIVIDADES

Fonte: Secretaria Municipal de Educação (SEMED-XEXÉU), 2022. Referente as atividades desenvolvidas no Projeto da Escola Municipal Maria das Mercês, Xexéu – PE.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O presente estudo atendeu ao objetivo temático de analisar a importância das artes para o melhor desenvolvimento da leitura por parte do aluno, observando a aplicação das atividades artísticas para êxito com resultados obtidos, possibilitando analise acerca da contribuição da arte para a prática educativa.

Observou-se que a arte visa proporcionar o processo de criação no indivíduo, levando-o a desenvolver sua criatividade e raciocínio, melhorar o seu potencial de pensamento e realização de exposição e solução de problemas em situações sociais e cotidianas.

Constatou-se que o aparato de ações no educandário em estudo, tanto envolveu alunos, como professores, gestores, familiares e a comunidade do Bairro da Boa Vista, de Xexéu-PE, proporcionando uma integração entre a escola, a família e a comunidade, fato que coroou de êxito a iniciativa proposta.

Como realizações futuras, o projeto de promoção da leitura pretende, entre outras ações, promover um concurso de Poesia de Cordel com sarau e premiações, além de outros gêneros literários e artísticos, como exposição de pintura e de fotografia, apresentações teatrais e musicais, realizando exposição de todos materiais criados que possibilitem a expressão artística e o melhor aprendizado dos alunos por meio da leitura de mundo.

Espera-se que com a temática abordada possa favorecer a mobilização para debates, discussões, reflexões e pesquisas que contribuam para amplitude da dimensão que o tema exige, fortalecendo a democratização educacional com uma atividade pedagógica articulada com a expressão artística que comprove e reafirme a importância da arte no desenvolvimento de práticas para o hábito da leitura entre os alunos da escola.

 

REFERÊNCIAS

 

AGUIAR, I.; ANDRADE, N. A importância da leitura na educação de jovens e adultos: de que tipo de leitura estamos falando? Revista de Educação Ciência e Tecnologia. Disponível em: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/download/1890/1455. Acesso em 20 abr 2022.

ANGELO, J. Reflexões da arte na educação infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 08, pp. 23-36. Novembro de 2020.

ARAÚJO, G.; OLIVEIRA, A. O ensino de arte na educação de jovens e adultos: uma análise a partir da experiência em Cuiabá (MT). Educação & Pesquisa. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/4MBN46G4pZTzHjBgKybtrzG/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 20 abr 2022.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 18 abr 2022.

FREIRE, P. Pedagogia da tolerância. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.

______. Pedagogia da indignação: Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.

______. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 2003.

_______. Arte e educação nos 21 anos da Pedagogia do Oprimido. Paulo Freire entrevistado por Joana Lopes, no Departamento de Artes Corporais da UNICAMP, Campinas, Brasil, 1990. Disponível em: de http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/7891/1882. Acesso em: 20 abr 2022.

GARCIA, J.; LOPES, L. A importância da arte nos anos iniciais. Disponível em: http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170602124521.pdf. Acesso em 20 abr 2022.

MACHADO, L. Brincar para aprender. Tataritaritatá. Disponível em: https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/09/martin-baro-clara-domitila-antonio.html. Acesso em 20 abr 2022.

PINTO, M. O ensino de arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Escola de Belas Artes da UFMG. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A9GGCP/1/mariane___monografia_artes__.pdf. Acesso em 20 abr 2022.

SANTOS, M. O ensino de arte na educação de jovens e adultos. Disponível em: https://spo.ifsp.edu.br/images/phocadownload/DOCUMENTOS_MENU_LATERAL_FIXO/POS_GRADUA%C3%87%C3%83O/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/Educa%C3%A7%C3%A3o_Profissional_Integrada_%C3%A0_Educa%C3%A7%C3%A3o_B%C3%A1sica_na_Modalidade_EJA_-_Proeja/PRODUCOES/2014/O_ENSINO_DE_ARTE_NA_EJA_2014_Maria_de_Jesus.pdf. Acesso em 20 abr 2022.

SANTOS, M.; COSTA, Z. A arte na educação infantil: sua contribuição para o desenvolvimento. XV Seminário Internacional de Educação – FEEVALE. Disponível em: https://www.feevale.br/Comum/midias/325d6200-a6f7-420b-8192-7f3fade7ee4d/A%20arte%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o%20infantil%20sua%20contribui%C3%A7%C3%A3o%20para%20o%20desenvolvimento.pdf. Acesso em 20 abr 2022.

SILVA, J.B.; ABRÃO, K.R. O processo do ensino e aprendizagem da arte e sua contribuição para a formação da criança na educação infantil. Revista Humanidades e Inovação, v. 6, n. 13, 2019. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/708. Acesso em: abr,2022.

 

* Artigo aprovado e apresentado durante o Congresso Brasileiro de Educação, promovido pelo Instituto Escrever, em maio de 2022.

 

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sábado, 30 de abril de 2022

AO LER, LEMOS A NÓS MESMOS, DE GRAÇA LINS

 

 

AO LER, LEMOS A NÓS MESMOS

 

“Há realidades que só a ficção suporta. Precisam ser inventadas para ser contadas”. Eliane Brum.

 

 

Graça Lins*

 

De todas as competências culturais, a leitura é, com certeza, a mais valorizada socialmente, uma vez que favorece a circulação do indivíduo, em todas as ambiências da sociedade, conferindo-lhe um empoderamento e um saber que o diferencia dos demais.

O que lemos, quando lemos? O que denunciamos quando nos referimos aos nossos autores preferidos? O que nos leva a indicar determinadas obras literárias em detrimento de outras legitimadas pela mídia e referendadas pelo senso comum?

A leitura do texto ficcional permite ao leitor a interpretação de sua própria vida, num encontro em que ocorre a leitura de si mesmo, ajudando-o a lidar melhor com seus conflitos psíquicos. É dessa forma que a psicanálise considera que apenas a competência leitora não dá conta de perceber os efeitos que o texto literário provoca no leitor.

Ao ler, o leitor compactua com o que está posto e encoberto pela fantasia, pelo imaginário e pelo simbólico proposto pelo autor e resgata através da leitura fragmentos de vida que constituem vestígios de seu inconsciente.

É natural que depare-se com algo que o desestabilize emocionalmente, ocasionando um estranhamento diante da ficção. Assim, ao tempo em que o texto provoca um prazer estético pode evocar lembranças remotas, memória de um passado distante revestido pela fantasia que o texto significa.

A citação de Brum, no início do artigo, nos reporta a um romance de Cristovão Tezza, O filho eterno, em que o autor trata da angústia de um pai ao receber a notícia do nascimento de um filho com síndrome de Down. Toda a construção do texto narra a repulsa ao filho indesejado. Posteriormente, em eventos de lançamento do livro, o autor confessa que utilizou-se da ficção para discorrer sobre a  sua própria experiência pessoal com seu  filho Down, então personagem do romance.

Trata-se de uma narrativa em que situações do cotidiano são narradas provocando no leitor sentimentos de medo, indiferença, dúvida com relação ao amor do pai, estranheza diante da falta de afeto, enfim, um bom livro para refletir sobre como o leitor se presentifica no texto e os efeitos da leitura numa perspectiva psicanalítica.

Podemos ainda formular outras indagações inquietantes: a leitura da ficção, enquanto experiência estética, busca a satisfação de um desejo? Pode ter um caráter especular, espaço em que o leitor se encontre na figura de uma personagem ou mesmo em algum cenário da narrativa? O leitor pode ficar vulnerável a transferir para o mundo da ficção os seus conflitos psíquicos, de forma consciente ou inconsciente, identificando-se com uma personagem em cuja imagem projeta o seu afeto ou hostilidade?

Algumas dessas indagações encontram respostas em exemplos colhidos nos  próprios textos da Literatura, os quais consideramos metáforas, para compreender os efeitos que a ficção pode provocar no leitor. Assim, percebemos o caso de Madame Bovary, do escritor francês Gustave Flaubert, cuja personagem vivia um relacionamento desgastado e entregava-se ao devaneio no ato da leitura, criando um universo paralelo, transferindo para um mundo idealizado os desejos que habitavam o seu psiquismo.

A respeito dessa forma envolvente de leitura realizada por Emma Bovary, Daniel Pennac, em seu livro Como um romance, sugere os Direitos imprescritíveis do leitor, sendo o 6º, o direito ao bovarismo, descrevendo com toques de humor que trata-se de uma doença textualmente transmissível. Pennac nos fala da necessidade de lembrarmos nossas primeiras efervescências de leitores e da importância de montarmos um pequeno altar a nossas antigas leituras, inclusive as mais bobas. São elas que nos levam a nos emocionar com aquilo que fomos, rindo daquilo que nos emocionava.

Outro personagem da Literatura clássica, universal, D. Quixote de La Mancha, de Cervantes, envolvia-se de tal forma no mundo dos livros, que passou a não estabelecer limites entre o real e o imaginário. A exemplo, no capítulo XXVI, D. Quixote assiste a um espetáculo de marionetes e passa a crer que se tratava de uma luta real entre mouros e cristãos, chegando a lançar mão da espada, destruir todos os bonecos, acreditando estar em combate contra os mouros para salvar uma princesa.

Essas ocorrências figurativas dos efeitos da leitura no leitor nos levam a entender que são comportamentos aproximados a alguns conceitos psicanalíticos, a identificação, a transferência, a projeção considerados mecanismos de defesa que  podem também ocorrer com o leitor real. Ao ler-se a si mesmo através do texto ficcional o leitor passa a ser interpretante e interpretado pela obra, é o que nos diz a Literatura e a Psicanálise que dialogam com as subjetividades do indivíduo.

Os estudos psicanalíticos se voltaram inicialmente para a criação literária, investigando os impulsos que operam no interior do processo de criação literária, revelando que nem sempre a escrita tem aspectos restauradores, ou seja, a obra de arte pode ter impulsos destrutivos ocasionados pelo confronto do artista, não só com a criação estética, mas com a falta, o sofrimento e finitude.

Freud em seus estudos sobre Dostoievski afirma que diante dos problemas que o artista criador consegue sublimar, através da criação artística, a Literatura chegou antes da Psicanálise com seus métodos analíticos. O artista recorre à simbolização da dor através da arte com funções de restabelecer a cura psíquica para seus males.

De outro modo, o artista também pode substituir a busca da cura de sintomas e sofrimentos pela pulsão de morte, a exemplo de casos de suicídio das poetisas Florbela Espanca (portuguesa) e Ana Cristina Cesar (brasileira).

Freud era, na verdade, um apreciador da Literatura e quando foi agraciado com o prêmio Goethe, em Frankfurt, pelo conjunto de sua obra científica, também foi acusado de tê-la escrito em forma de romance. Ao que se sabe, Goethe, antes de Freud, percebeu a importância dos sonhos, dos primeiros afetos e da necessidade do autoconhecimento, chegando a tratar da necessidade de que cada pessoa fosse capaz de conhecer a si mesmo e de julgar a si mesmo.

Enquanto leitor, ele também foi um profundo conhecedor da obra de Shakespeare, notificando a capacidade literária desse escritor em apresentar várias referências sobre o inconsciente. Daí a escolha de nomes da obra shakespeariana para nomear conceitos psicanalíticos: Complexo de Édipo, etc.

Estudos psicanalíticos consideram que todo grande escritor, utiliza-se de seus personagens como porta voz do seu desejo inconsciente. Isto não reduz a obra literária a simples esquemas interpretativos, o artista sabe dar uma forma particular às suas fantasias e alivia o leitor da carga maléfica das suas. Dessa forma, o leitor pode realizar de forma simbólica, seus desejos insatisfeitos encontrando prazeres compensatórios substitutivos através da criação artística. Isto porque a obra permite uma identificação do leitor com personagens do enredo, estabelecendo laços afetivos como uma das formas que o ego utiliza para atender ao desejo pulsional.

É dessa forma que o leitor constrói uma cadeia de representações que lhe pertencem e não mais ao texto que lê. A exemplo, tratando do conto A cartomante de Machado de Assis, quando o texto trata de um personagem e da sua ação num conflito, como seja, “Camilo saiu aflito da casa da cigana”, trata-se de um Camilo e de uma cigana que só o leitor reconhece a partir da representação que faz desses personagens.

É possível dizer que, são referências conscientes e inconscientes que lhe ocorrem durante a leitura, instaurando um momento de identificação com o texto capaz de mobilizar investimentos afetivos, num ato de quase-amor, tão bem exemplificado no conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, quando a menina abraça com afeto o livro de difícil aquisição por empréstimo, nomeando-o de seu amante. A obra literária sempre irá remeter o leitor a uma outra realidade extraliterária.

Enfim, podemos dizer que a Leitura é fundante e tem o poder de desvelar o que está oculto, abrindo espaços para uma consciência reflexiva e transformadora.

Ao entender a singularidade do ato de ler o texto ficcional, numa perspectiva psicanalítica, consideramos da maior importância que nossas escolas através das práticas de letramento literário, possam garantir que habilidades e procedimentos de leitura sejam prioridades para a formação do leitor proficiente, capaz de ler-se a si mesmo como interpretante de sua própria vida.

 

*GRAÇA LINS - Graça Lins é escritora e pesquisadora da Literatura Infantil e Juvenil, graduada em Letras, pós-graduada em Literatura Brasileira e em Políticas Culturais, mestre em Psicanálise, e crítica literária pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (RJ). É autora do livro Ozybil engole letras (Bagaço, 1995) do conto De amores e de Livros (Entre Laços), e articulista da Revista Brazilcomz (Espanha). Coordenou as ações culturais da biblioteca do Porto Digital e atualmente é professora dos cursos de pós-graduação em Literatura da FAFIRE/PE, integrante da Oficina de Criação Literária Clarice Lispector, desde 2018. Artigo apresentado no Mestrado de Psicanálise e Educação, pela aluna Maria das Graças Vieira Lins/ 2014.

 

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sábado, 19 de março de 2022

EDUCAÇÃO, TEMAS & ESTUDOS EDUCACIONAIS

 

 Só posso compreender a educação como o processo de preparação e distribuição de homens pelas diversas ocupações que caracterizam a vida humana, na atualidade.

Pensamento educador, jurista e escritor Anísio Teixeira (1900-1971). Veja mais aqui e aqui.

 

A ARTE DE CELSO KELLY

A ARTE DE ERIC BENTLEY

A EDUCAÇÃO DE MARIA LACERDA DE MOURA

A MATEMÁTICA MARIA GAETANA AGNESI

A MATEMÁTICA DE MARIA GÖPPERT-MAYER

A QUALIDADE NA GESTÃO ESCOLAR

ADOÇÃO NO BRASIL

ARTE NA EDUCAÇÃO DE SERGIO MILLIET

ARTE POÉTICA DE OLGA SAVARY

AS CRIANÇAS E O FUTURO DE KARL MANNHEIM

ATO DE ESCREVER DE JEANNE-MARIE GAGNEBIN

AULAS DE MÚSICA NA ESCOLA

AUTISMO & EDUCAÇÃO INCLUSIVA

BIBLIOTERAPIA

I

II

III

CIDADANIA

CONSCIÊNCIA NEGRA

CORDEL NA ESCOLA

DIREITO

DIREITO, EDUCAÇÃO & MEIO AMBIENTE

I

II

III

DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITOS HUMANOS

I

II

DO TEATRO À LITERATURA DE MIKHAIL BULGÁKOV

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO CIDADÃ

EDUCAÇÃO DE MARIA MONTESSORI

EDUCAÇÃO E O ESTRUTURALISMO MARXISTA

EDUCAÇÃO & ESCOLA

EDUCAÇÃO & OUTRAS APRENDIZAGENS

EDUCAÇÃO, ESTUDOS & PESQUISAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL & INCLUSÃO

I

II

EDUCAÇÃO SUPERIOR

ÉTICA & MORAL

EXPERIÊNCIA DE ENSINAR DE EUGÈNE DELACROIX

NEUROEDUCAÇÃO & PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

EDUCAÇÃO & OUTRAS APRENDIZAGENS

HISTÓRIA & LITERATURA DO TEATRO

HUMANISMO E A EDUCAÇÃO HUMANISTA

INCLUSÃO

INSTRUÇÃO & CALIFASIA DE SILVEIRA BUENO

LEITURA, ESCRITA, APRENDIZAGEM & AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO

LER & PENSAR DE ARNOLD BENNETT

LITERATURA

MEIO AMBIENTE

MEIO AMBIENTE NA ESCOLA

MÉTODO CIENTÍFICO

NEUROEDUCAÇÃO & LEITURA

O IDEALISMO NA EDUCAÇÃO

O PROFESSOR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM

PEDOFILIA

PSICANÁLISE & EDUCAÇÃO

PSICOLOGIA ESCOLAR

PSICOLOGIA, OS ADOLESCENTES & AS DST/AIDS

RACISMO & PRECONCEITO

RESPONSABILIDADE SOCIAL

SEGREDO DA ESCRITA DE MAURICE BLANCHOT

SEXO & GÊNERO

TEMAS DE EDUCAÇÃO E ESCOLA

VIAGEM DOS LIVROS

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA NA ESCOLA