domingo, 9 de novembro de 2014

A FILOSOFIA DE THOMAS KUHN




A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS – O livro A estrutura das revoluções científicas, do físico e filósofo da ciência estadunidense Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), aborda temas como a rota e natureza da ciência normal como resolução de quebra-cabeças, a prioridade dos paradigmas, a anomalia e a emergência das descobertas científicas, as crises e a emergência das teorias científicas, a natureza e a necessidade das revoluções científicas, a revoluções como mudanças de concepção de mundo, a invisibilidade das revoluções e sua resolução, o progresso através de revoluções, os paradigmas e a estrutura da comunidade, a constelação dos compromissos de grupo, os exemplos compartilhados, conhecimento tácito e intuição, incomensurabilidade e revoluções, revoluções e relativismo, a natureza da ciência, entre outros assuntos.

A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA – A obra A função do dogma na investigação científica de Thomas Kuhn, trata das várias características do que é científico: a objetividade, a dogmatização das ciências, a Física de Aristóteles, o Almagesto de Ptolomeu, os Principia e a Óptica de Newton, a Eletricidade de Franklin, a Química de Lavoisier, a Geologia de Lyell, no estabelecimento de paradigmas, entendendo que o dogma é uma maneira de resolver problemas, de descobrir a verdade a partir da ciência. Para o autor o paradigma deve ter sempre um sentido e uma fonte de pesquisa, para isso ele precisa de liberdade de pesquisa. O seu pensamento filosófico tem como metáfora um quebra-cabeça, que significa que a filosofia é um problema a ser resolvido.Entende que a ciência se divide em: ciência madura que é aquela que é renovada sem serem esquecidos os seus princípios e que depende do dogma; a ciência normal que é o processo de renovação; as ciências naturais que visam os estudos da natureza e seus aspectos gerais; as ciências extraordinárias que é uma ciência evoluída com mudança dos paradigmas; e a ciência pré-paradigmática que é o inicio da hipótese, além de abordar outros tantos temas.

A TENSÃO ESSENCIAL – O livro Tensão social, de Thomas Kuhn, é uma coletânea de ensaios do filósofo acerca da historiografia da ciência, dentre outros temas que tangenciam sua busca por uma metodologia para esta área, propondo reflexões contundentes que conseguem se manter atual por tanto tempo e buscando novas formas de pensar a história da ciência e refletindo a amplitude dos interesses do autor. Na primeira parte ele realiza os estudos historiográficos com sete ensaios relacionados diretamente à história da ciência. Em seguida ele aborda do tema sobre paradigmas, a partir de um argumento circular e esmiuçando as condições essenciais.

A REVOLUÇÃO COPERNICANA – Essa obra de Thomas Kuhn as transformações conceptuais originadas pelas descobertas da ciência astronômica e suas repercussões na Cosmologia, na Física, na Filosofia e na Religião, sob o ponto de vista da História e da Ciência. Trata das modificações ocorridas a partir da obra de Copérnico revolucionando as ideias, observando o descontinuísmo do progresso em ciência, defendendo uma teoria que não constitui a evolução da anterior, mas o rompimento por meio de uma nova teoria, caracterizando os momentos de ruptura que separam uma fase da outro e que se tornam, às vezes, antagônicos, entendendo que o inicio de um novo paradigma se dá pelas incompatibilidades que ocorrem com a maturidade do paradigma então vigente.

REFERÊNCIAS
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998.
_______. A função do dogma na investigação científica. Curitiba: UFPR-SCHLA, 2012.
______. A tensão social. São Paulo: Unesp, 2006.
______. A revolução copernicana. Coimbra: Almedina, 1996.

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