segunda-feira, 7 de setembro de 2015

PSICOPATOLOGIA


PSICOPATOLOGIA – O livro Psicopatologia: teoria e clínica (Artmed, 2006) de J. Bergeret, A. Bécache, J. Boulanger, J. Chartier, P. Dubor, M. Houser e J. Lustin, trata na primeira parte da Teoria do aspecto genético, metapsicológico, violência e evolução afetiva humana e o problema das defesas. Na segunda parte trata da clínica com entrevista com o paciente em psicopatologia, a vida fetal e suas consequências, noção de formalidade, noção de estrutura, estruturas neuróticas, estrutura psicótica, os estados-militrofes e seus arranjos, doentes psicossomáticos, clinica e teoria da clínica infantil e panorama das principais psicoterapias. Na terceira parte trata dos aspectos institucionais e os dispositivos de tratamento.
A estrutura neurótica é entendida como neurose individual com aceitação clássica da neurose ou neurose segundo a primeira tópica freudiana, fundada por inteiro no princípio do recalcamento histérico. A concepção contemporânea da neurose ou a neurose segundo a segunda tópica freudiana, a sua sintomatologia é bastante mais imprecisa, na busca insaciável que pode assumir formas extremamente variadas, tanto histéricas como carcteriais, e até mesmo paranoicas. O inconsciente da neurose obriga a reconsiderar sua face existencial, frustração e avidez, mesmo se, à primeira vista, sua base está em perda de referencia. Considera, portanto, as formações incestuosas simbólicas. A neurose familiar ocorre quando o desejo incestuoso da criança é retomado em espelho pelos pais, que se tornam participantes nesse desejo. O núcleo edipiano típico se deve ao conflito sexual da neurose que se sistua no nível genital do Édipo, mesmo se as aptidões defensivas conduzam a tomar as vias de regressões pré-genitais e considerando que o conflito no menino decorre da rivalidade edipiana com o pai, do projeto de conquista da mãe. A identificação do menino com o pai e da menina com a mãe são os herdeiros mais evidentes do complexo de Édipo. A castração edipiana se incrusta bem, evidentemente, no destino biológico da diferença dos sexos e o Superego masculino conservará por isso um rigor que seu homologo feminino não atinge. As formas psudoneuróticas em patologia mental considera a neurose de angustia, a depressão dita neurótica, as neuroses fóbicas e as neuroses de caráter. As outras fobias como neurose hipocondríaca, hipocondria psicótica, hipocondria depressiva, as neuroses de caráter e personalidade de caráter, os diferentes tipos de descompensação e as neuroses autênticas que são vistas a partir da histeria de conversão, os sintomas médicos ou ditos somáticos, os acidentes paroxísticos, os transtornos do aspecto neurológico, sintomas psíquicos e caráter histérico, a sedução e avidez afetiva, fuga ou amnésia, caráter histérico, o paradoxo da histérica, a ubiquidade e condensação, núcleo anal e histeria e psicose. A histeria de angustia é a fobia situada sob o signo da sexualidade e é a única fobia neurótica. A neurose obsessiva possui origem emocional a partir de sua distinção entre os destinos respectivos da representação e do afeto, que assume nessa neurose importância capital. O isolamento é o primeiro sintoma. O controle obsessivo é a segunda vertente da sintomatologia do obsessivo. O caráter obsessivo no investimento e de controle incessante. O rital obsessivo é outro destino da ambivalência do obsessivo. A representação é isolada e essa redução do ato ao pensamento é um mecanismo particular do recalcamento. Os afetos sofrem uma regressão dinâmica e temporal para as representações anais. A depressão neurótica representa um elemento maior da descompensação neurótica. A natureza neurótica da depressão se revela pela capacidade de utilizar a dor depressiva para fins de elaboração psíquica, apesar dos sintomas da ruminação e até mesmo da recusa. A depressão neurótica põe em evidencia além da severidade do superego, a importância da hiancia narcísica do Ego em relação com a precariedade das identificações que lhe permitiram se construir, a integração ou não da castração edipiana, por meio da capacidade de elaboração do trabalho de luto e surge como a pedra de toque das condições de possibilidade do trabalho de elaboração do pré-consciente e, por conseguinte, o lugar específico da vida psíquica.
A estrutura psicótica considera o agir e o pensamento concreto, uma vez que a inaptidão primeira para existir de maneira diferencial e, por consequência, para dialogar leva a falar da lingaguem do psicótico como uma não-linguagem. No psicótico, a insuficiência e mesmo a inaptidão ao distanciamento imaginário e simbólico dão lugar a sistemas equivalentes de expressão direta das pulsões, não por mentalização, mas por reificação. Com efeito, trata-se de uma verdadeira coisificação de todo esboço de mentalização. Os modos de funcionamento deste sistema, aparece como essencialmente ligadas à entrada ou à saída, serão presididos pelo fenômeno de dupla polaridade da introjeção ou da projeção, sem que, entretanto, jamais houvesse nessa fase, unipolar por excelência, a constituição possível de um distanciamento objetal verdadeiro e sem que houvesse uma diferenciação entre a realidade interior e o meio ambiente. Independentemente dos fatores orgânicos que podem sempre intervir nos transtornos do desenvolvimento mental, o fator educativo e, por conseguinte, o papel dos elementos genéticos, em particular da relação materna primária, revelam-se extremamente importantes. Uma mãe hiperprotetora, não permitindo à criança alcançar o registro do desejo, sempre presente e prevenindo. Uma mãe ausente que não permite que a criança ligue a espera penosa e as representações do objeto desejado. A organização clinica reconhece o autismo como o primeiro e o mais arcaico desses níveis de organização caracterizado pelo autismo esquizofrênico cuja manifestação essencial reside para fugir do trauma de uma impossível boa relação com os objetos ambientes, em uma fixação eletiva e persistente a um movimento de desinvestimento sistemático do mundo exterior e no retorno fora de representação e fora de mentalização. Um outro nível dessa posição anobjetal é obtido na catatonia, na qual o fenomeno predominante é uma contratura muscular quase total, com rigidez do tronco e dos membros, cujo essencial reside no plano da musculatura, em uma contração simultânea dos músculos agonistas e antagonistas, fixando de maneira curiosa toda a motricidade segmentar e dando ao paciente uma aparecia estratificada. Um outro elemento que se mostra nessa relação de objeto é a criação alucinativa ou delirante se encontra, na clinica, na esquizofrenia paranoide. um outro nível da organização pré-objetal do Ego poderá ser representado pela posição clinica dita depressiva, cuja organização oral se exprime de acordo com a outra modalidade funcional que se caracteriza pelo falar em oposição à projeção, da atividade dita introjetiva. As relações entre desrealização, despersonalização e delírio considera que a despersonalização propriamente dita constitui uma operação psíquica mais regressiva. A desrealização pode facilmente sobrevir em uma pessoa normal, é uma simples falha do funcionamento mental em que uma parte da realidade se torna estranha à sua propria pessoal. A erotização das condutas psicóticas, latentes ou deslocadas, anorexia, bulimia, é uma erotização secundária que muitas vezes assume uma forma toxicomaníaca, apenas um conteúdo visual é as vezes depositário de um traço autenticamente edipiano, como voyeurismo, vestígios de imagos infantis.

Veja mais aqui.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
Dê livros de presente para as crianças.
Aprume aqui.