sexta-feira, 13 de junho de 2014

COMO FORMULAR O PROBLEMA DA SUA PESQUISA?




FORMULAÇÃO DO PROBLEMA – Tendo escolhido o tema, o próximo passo é delimitá-lo por meio de uma análise sistemática, extraindo da temática de estudo os seus principais elementos constitutivos.

Furasté (2008) assinala que a delimitação do tema é o momento mais complexo, desafiador e importante para o processo inicial do trabalho. Com base nisso, é de fundamental importante seguir regras para efetuar uma divisão de um todo do tema em suas partes, tais como: adequar de forma gradual e completa a divisão obedecendo a princípios, não podendo a parte igualar-se ao todo porque essas partes devem ser independentes umas das outras.

A partir da delimitação, dá-se a formulação do problema, quando o tema proposto deve ser problematizado. Esta consiste no apontamento de um problema que é fundamental e precisa ser analisado e resolvido com relação à temática.

Segundo Vera (1983), um problema de pesquisa é um enunciado ou fórmula que deve ser determinado com precisão para ser examinado, avaliado e solucionado durante a realização dos estudos.

Triviños (1987) orienta que existem duas formas para delimitar, definir e formular o problema de pesquisa: do ponto de vista instrumental e prático é recomendável o foco de pesquisa deva estar articulado com a proposta temática e que o assunto deva surgir da prática diária do pesquisador. Assim, o problema deve ser definido a priori pelo pesquisador, de forma clara ou difusa, para o procedimento do levantamento durante a pesquisa.

No dizer de Creswell (2007), o problema de pesquisa consiste na apresentação de uma sentença que traga informações para despertar interesse no leitor, assinalada por meio de frases que identificam um problema que precisa ser abordado. Nesse sentido, o autor traça diretrizes que, ao formular o problema, deve ter em mente a inscrição de uma frase de abertura que seja capaz de estimular o interesse do leitor e que transmita uma questão com a qual o público geral possa se relacionar. Como regra geral, destaca o autor que se deve evitar uso de citações, que o proponente mantenha distância de expressões idiomáticas, que se considere o uso de informação numérica para produzir impacto, que seja identificado claramente, que indique a importância e que assegure que seja estruturado de maneira a considerar com a técnica de pesquisa no estudo.

A seguir dicas de leituras para melhor compreensão do texto.


REFERÊNCIAS
BAUER, Martin; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
BOGDAN, Robert; BIRKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto, 1994.
BREAKWELL, Glynis/ HAMMOND, Sean; SCHAW, Chris; SMITH, Jonathan. Métodos de pesquisa em psicologia.Porto Alegre: Artmed. 2010.
CRESWELL, John. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ECO, Umberto. Como fazer uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para o trabalho científico: elaboração e formatação com explicitação das normas da ABNT. Porto Alegre:s.n, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1995.
______. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1987.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. São Paulo: Record, 2011.
HAGUETTE, Teresa. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2007.
MACHADO, Luiz Alberto. Faça seu TCC sem traumas. Maceió: Nascente, 2012.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos e resenhas. São Paulo: Atlas, 2007.
MOREIRA, Marco Antonio; ROSA, Paulo Ricardo da Silva. Uma introdução à pesquisa quantitativa em ensino. Porto Alegre/Campo Grande: UFRGS/UFMS, 2008.
PATACO, Vera; VENTURA, Magda; RESENDE, Érica. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
POPPER, K.R. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 1975.
SANTOS, Boaventura Souza. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 1996.
SEVERINO, A J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo :Cortez , 1996.
SILVA, Augusto; PINTO, José Madureira (Orgs.). Metodologia das ciências sociais. Porto: Afrontamento, 1986.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1986.
Thompson, Augusto. Manual de orientação para preparo de monografia. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
TRIVIÑOS, Augusto. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VERA, Asti. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1983.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2007.
VIEIRA, Maria do Pilar; PEIXOTO, Maria do Rosário; KHOURY, Yara. A pesquisa em história. São Paulo: Ática, 1998.
WEBER, Max. Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Cortez, 2001.

Veja mais aqui