segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A FILOSOFIA DE SCHELLING


A FILOSOFIA DE SCHELLING – O volume Obras escolhidas, do filósofo do Idealismo alemão, Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775-1854), reúne na primeira, as dez cartas filosóficas sobre o dogmatismo e o criticismo em que se opõe à chamada moral da existência de Deus e mostrando que para o criticismo que se contrapõe ao dogmatismo a destinação do homem é o esforço pela autonomia inalterável pela liberdade incondicionada, o programa sistemático que marca o surgimento do idealismo alemão e do movimento romântico, a exposição da ideia universal da filosofia em geral e da filosofia da natureza como parte integrante da primeira, a Divina Comédia e a Filosofia na qual o autor mostra como a obra de Dante é o modelo exemplar da poesia moderna, Bruno ou do principio divino e natural das coisas no qual o autor desenvolve um diálogo que caminha para a discussão das noções de unidade, absoluto, infinito ideal e real, e, por fim, a História da Filosofia Moderna em que o autor aborda sobra Hegel interpretando a relação existente entre a lógica hegeliana e o Absoluto. O filósofo em estudo partiu de sua adesão aos escritos do sistema fichtiano, libertando-se em seguida do seu mestre por constatar insuficiente a tese de que a natureza é apenas uma resistência oposta à atividade infinita do eu e produzida por essa atividade. Schelling passa a defender a ideia de que a natureza é tão real e tão importante quanto o eu, afirmando ser tanto a natureza como a objetividade, aquilo que fornece à consciência material para reproduzir. Para ele, a essência do eu é espírito, a da natureza é matéria e a da matéria é força. Com isso ele apresenta uma espécie de naturalismo organicista procurando resolver os problemas colocados pelas ciências físicas, acreditando que o objetivo fundamental das ciências fosse a interpretação da natureza como um todo unificado. A partir da valorização da natureza, ele transita coerentemente através da ideia de desenvolvimento dialético, chegando a uma concepção mais ampla que denominou de Sistema de Idealismo Transcendental, expondo o desdobramento da consciência absoluta em suas relações com a dialética da filosofia da natureza e apresentando as ideias sobre o desenvolvimento da consciência no curso da história. A estética elaborada nesse sistema sustenta que, na obr de arte, a inteligência se torna totalmente autoconsciência, enquanto que na filosofia a inteligência é abstrata e limitada em suas tentativas de exprimir uma potencialidade infinita. Na obra de arte a inteligência realiza toda a sua potencialidade, porque está livre da abstração. Dessa forma, a arte seria o objetivo último para o qual tende toda a inteligência. A arte seria a verdadeira filosofia, na medida em que, nela se reconciliam a natureza e a história.

REFERÊNCIA
SCHELLING, Friedrich; Obras escolhidas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

Veja mais aqui.