PSICOLOGIA DA CIÊNCIA - A Psicologia da Ciência investiga o
impacto dos processos psicológicos e das características pessoais de um
cientista em temas do desenvolvimento de suas teorias e pesquisas cientificas. Examina
a forma pela qual as personalidades, os processos cognitivos, o histórico de
desenvolvimento e as experiências sociais dos cientistas afetam o tipo de
ciência que realizam e as teorias que criam.
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE – É o estudo cientifico das forças que
tornam as pessoas únicas.
PERSONALIDADE – Originário do latim persona, referindo-se
à mascara teatral utilizada na encenação de dramas romanos. Na psicologia é a
organização constituída por todas as características cognitivas, afetivas,
volitivas e físicas de um indivíduo. Para Atkinson e Hilgard (2011), são
padrões distintos e característicos de pensamentos, emoções e comportamentos
que formam o estilo pessoal de um individuo para interagir com o ambiente
físico e social. Gazzaniga e Heaterton (2005) assinalam que se refere às características,
respostas emocionais, pensamentos e comportamentos do individuo que são
relativamente estáveis ao longo do tempo e em diferentes circunstâncias.
Schultz & Schultz (2013) definem que se trata de um agrupamento permanente e peculiar de características
que podem mudar em reposta a situações diferentes. Os aspectos internos e
externos peculiares permanentes do caráter de uma pessoa que influenciam o
comportamento em situações diferentes. A personalidade pode ser entendida como
mistura de fatores temperamentais (determinados pela biologia) e caracterológicos
(determinados pelo ambiente).
Os aspectos principais da personalidade
reunidos para ajudar a compreender a natureza complexa do individuo: aspectos
inconscientes, o individuo é influenciado por eles, forças que não estão na consciência
imediata; forças do ego, influenciado por elas, oferecendo uma identidade ou
self; ser biológico, o individuo é único, com única natureza genética, física, fisiológica
e temperamental; as pessoas são condicionadas e modeladas pelas experiências e
pelo ambiente a sua volta; dimensão cognitiva, as pessoas pensam e interpretam
ativamente o mundo a seu redor de forma única; conjunto de traços, habilidades
e predisposições específicas; dimensão espiritual, em relação à própria vida,
que os enobrece e os induz a ponderar sobre o significado de sua existência,
não sendo meros robôs programados, mas que buscam a felicidade e autossatisfação;
a natureza do individuo é uma interação continua entre a pessoa e determinado
ambiente. Esses oito aspectos em conjunto auxiliam na definição e compreensão
da personalidade humana.
TEORIAS DA PERSONALIDADE – Teoria é um conjunto de pressupostos
relacionados que permite aos cientistas utilizar o raciocínio lógico-dedutivo
para formulação de hipóteses testáveis. Relaciona-se intimamente com a
epistemologia que é um instrumento utilizado pelos cientistas em sua busca pelo
conhecimento. As teorias são constituídas sobre evidencias cientificas obtidas
de maneira relativamente neutra. As teorias lidam com um amplo conjunto de
afirmações sobre causas e consequências para dar sentido e ordem às
observações, proporcionando um campo fértil para produção de hipóteses
testáveis. São práticas e essenciais para avanço de qualquer ciência. Os
pilares para construção de teorias são a especulação e a observação empírica. As
teorias são constuidas sobre pressupostos sujeitos a uma interpretação
individual; são reflexos da historia pessoal, experiências, filosofia de
relacionamentos e o olhar para o mundo. Sua importância e utilidade repousa na
capacidade de produzir pesquisa e de explicar os dados da pesquisa.
A taxonomia é a classificação das coisas de
acordo com suas relações naturais e faz parte do desenvolvimento das ciências. Podem
transformar-se em teorias quando produzem hipóteses testáveis e a explicar
resultados de pesquisa.
A personalidade é um padrão de traços
relativamente permanentes e de características singulares que confere ao mesmo
tempo consistência e individualidade ao comportamento de uma pessoa.
Os traços da personalidade contribuem para a existência
das diferenças de comportamento, de constância comportamental ao longo do tempo
e de estabilidade de comportamento em meio às situações. Os traços podem ser únicos,
comuns para alguns grupos ou compartilhados por espécies inteiras, mas seu
padrão é diferente para cada individuo, vez que cada pessoa, embora semelhante
a outras, em muitos aspectos, possui uma personalidade exclusiva.
As características são qualidades singulares
de um individuo que incluem atributos como temperamento, psique e inteligência.
Robert McCrae e Paul Costa classificam as
pessoas por meio de cinco traços permanentes de personalidade.
As teorias da personalidade estão baseadas
nas informações referentes aos mundos histórico, social e psicológico de cada
teórico na época que desenvolveram suas teorias.
TEMPERAMENTO – Refere-se às influencias inatas, genéticas
e constitucionais que influem na personalidade, isto é, constituem a dimensão
biológica da personalidade. Caballo (2011) identifica quatro dimensões do
temperamento: Busca de novidade ou ativação comportamental, referindo-se à tendência
genética a implicar-se em atividades exploratórias que levem à estimulação
prazerosa ou a outras recompensas, bem como ao comportamento que evite o tédio
ou a monotonia; impedimento do dano ou inibição comportamental, referindo-se à
inibição de comportamentos que conduz ao castigo, às situações novas ou à
frustração; dependência da recompensa ou manutenção comportamento, tendência
constitucional a responder às situações reforçadoras e a manter comportamentos
que continuam produzindo prazer ou que aliviam o castigo; e persistência, que é
a tendência a continuar realizando um comportamento, apesar dos possíveis
obstáculos ou dificuldades. Já Costa e McGrae apresentam cinco fatores
temperamentais que formam a personalidade: neuroses, tendência ao mal-estar psicológico
e ao comportamento impulsivo; extroversão, tendências a envolver-se em
situações sociais e a sentir alegria e otimismo; abertura à experiência,
curiosidade, receptividade a novas ideias e expressividade emocional;
amabilidade, grau em que se mostra compaixão e hostilidade para com os outros;
e responsabilidade, grau de organização e compromisso com os objetos pessoais.
CARÁTER – Refere-se a fatores psicossociais aprendidos, que
influem na personalidade. Os esquemas são encontrados dentro do conceito de caráter,
referindo-se às crenças básicas que um individuo tem para organizar sua visão
sobre si mesmo, o mundo, as pessoas e o futuro. Eles são elementos organizados
a partir de experiências e reações passadas que formam um corpo relativamente
compacto e persostente de conhecimento, capaz de dirigir as valorizações e
percepções posteriores. O caráter, incluindo os esquemas, reflete a dimensão psicológica
da personalidade e são relevantes nos transtornos de personalidade.
CONFIRA AS TEORIAS:
REFERÊNCIAS
ATKINSON,
Richard; HILGARD, Ernest; ATKINSON, Rita; BEM, Daryl; HOEKSENA, Susan.
Introdução à Psicologia. São Paulo: Cengage, 2011.
CABALLO, Vicente. Manual de transtornos da
personalidade: descrição, avaliação e tratamento. São Paulo: Santos, 2011.
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da
personalidade.São Paulo: Harbra, 2002.
FEIST, Jess; FEIST, Gregory. Teorias da
personalidade. São Paulo: Mcgraw-Hill, 2008.
FRIEDMAN, Howard; SCHUSTACK, Miriam. Teorias da
personalidade: da teoria clássica à pesquisa moderna. São Paulo: Prentice Hall,
2004.
GAZZANIGA, Michael; HEATHERTON, Todd. Ciência
psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
SCHULTZ, Duane; SCHULTZ, Sydeny. Teorias da
personalidade. São Paulo; Cengage Learning, 2013.
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