CONDICIONAMENTO
REFLEXO
– Proposto por Pavlov, o condicionamento reflexo obedece a leis e propriedade:
o objetivo da ciência é buscar relações uniformes e constantes entre os
eventos.
A lei da intensidade-magnitude compreende
que quanto maior a intensidade, maior a magnitude.
A lei
do limiar define que todo reflexo possui uma intensidade mínima do estimulo
para eliciar uma resposta. É a faixa de valor. Valores abaixo do limiar não
eliciam respostas.
Lei da latência define que a latência é o
intervalo entre dois eventos. É o tempo decorrido entre o estímulo e a
resposta. Quando menor a intensidade do estímulo, menor a latência entre o
estimulo e a resposta.
A habituação e a potenciação são os
efeitos que as eliciações sucfessivas exercem sobre o reflexo.
A habituação ocorre quando um mesmo
estimulo é apresentado diversas vezes em certos intervalos, na mesma
intensidade, ocorre um decréscimo na magnitude da resposta. Na potenciação, as
novas eliciações aumentam a magnitude da resposta.
REFLEXO – O reflexo é a relação entre
estímulo e resposta; a interação entre o organismo e o ambiente. De outra
forma, o reflexo é a resposta. É a relação entre estimulo e resposta na qual o
estimulo elicia a resposta.
ESTÍMULO – é uma parte ou mudança do
ambiente. Ele é medido pela intensidade.
RESPOSTA – É uma mudança no organismo. É medida
pela magnitude.
REFLEXO INATO – é uma alteração no ambiente
que produz alteração no organismo. É a preparação mínima que se tem para interagir
com o ambiente e chances de sobrevivência. Ou seja, são importantes para a sobrevivência
humana.
REFLEXO APRENDIDO – No condicionamento
pavloviano, os reflexos inatos são desenvolvidos pela história filogenética,
com a capacidade de aprender novos reflexos: capacidade de reagir de forma
diferente. Dessa forma, esse reflexo aprendido traz um estímulo neutro que não
elicia. Ocorre por emparelhamento, ou seja, um estimulo neutro mais um estimulo
incondicionado.
O condicionado pavloviano é o processo e
procedimento pelos quais aprende-se novos reflexos. Esse condicionamento se
estende a respostas imunológicas.
O reflexo incondicionado é a relação
entre o objeto e a resposta incondicionada, não depende de aprendizagem.
O reflexo condicionado é aquele em que
ocorreu aprendizagem, na relação entre um estimulo condicionado e uma resposta
condicionada. Um reflexo é condicionado a partir de outro existente. O reflexo
condicionado perde força quando o estimulo condicionado se apresenta sem novos
emparelhamentos, ou seja, dá-se a extinção respondente. A recuperação
espontânea se dá quando o reflexo extinto volta. Quanto mais alta a ordem do
reflexo condicionado, menor é a sua força.
As emoções são relações entre estímulos e
respostas, sendo comportamentos respondentes. O caso do pequeno Albert e o rato
de Watson, deu-se por experimentação controlada, dominando as variáveis relevantes.
Há que se considerar que as emoções são difíceis de serem controladas.
A generalização respondente ocorre após o
condicionamento. Estímulos que se assemelham fisicamente ao estimulo
condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em questão.
O gradiente de generalização é a variação
na magnitude da resposta em função das semelhantes físicas entre os estímulos.
O contracondicionamento compreende
condicionar uma resposta contrária àquela produzida.
A dessensibilização sistemática ocorre
baseada na generalização respondente, consistindo em dividir o procedimento em
pequenos passos: construir uma escola crescente na intensidade dos estímulos (hierarquia
da ansiedade) identificando o que causa mais ou menos problemas.
O condicionamento de ordem superior é um
processo em que o estimulo previamente neutro elicia uma resposta condicionada
como resultado do emparelhamento a um estimulo condicionado que já elicia
resposta condicionada.
Os fatores influenciadores do
condicionamento pavlovniano são: frequência de emparelhamento, tipos de
emparelhamento, intensidade dos estímulos e grau de predição do estimulo
condicionado.
CONDICIONAMENTO
OPERANTE
– Proposto por Skinner, é aquele que produz consequência e é afetado por elas.
REFORÇO – Reforço é a aprendizagem por consequências.
As consequências de comportamento que aumenta a possibilidade de um
comportamento voltar a ocorrer. É emitir uma resposta e produzir alterações. É o
aumento da probabilidade de voltar a ocorrer.
O reforço positivo aumenta a
probabilidade de voltar a ocorrer. Nesse caso, um estimulo é acrescentado.
O reforço negativo aumenta a
probabilidade de um comportamento pela ausência ou retirada de um estímulo
aversivo (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento
pretendido. Nesse caso, um estímulo é retirado.
A contingência do reforço negativo ocorre
com a apresentação de estímulos e retirada de estímulos. O reforçador negativo
é identificado quando o estimulo é retirado do ambiente (exemplo: óculos de
sol, protetor solar, chupar drops depois de fumar).
O estímulo aversivo se comporta para que
não aconteça. Este é o conceito relacional e funcional, compreendendo aqueles estímulos
que reduzem a frequência do comportamento que as produzem (estímulos punidores
positivos) ou aumentam a frequência do comportamento que os retiram (estímulos reforçadores
negativos, punição).
Por sua vez, o controle aversivo é a
modificação na frequência do comportamento, utilizando reforço negativo
(aumento na frequência) e punição positiva ou negativa (diminuição na frequência).
Esse controle aumenta ou diminui a emissão do comportamento.
As alternativas ao controle aversivo:
reforço positivo em lugar de reforço negativo; e extinção ao invés de punição.
O contracontole é o efeito colateral do
controle aversivo, o organismo controlado emite uma nova resposta que impede
que o agente controlador mantenha o controle sobre o seu comportamento. É o
comportamento que impede o comportamento de um agente punidor.
A punição elimina o comportamento
inadequado, ameaçador, indesejável. Ela suprime rapidamente a resposta. A razão
de punir está na imediaticidade da consequência, eficácia não dependente de
privação e facilidade no arranjo das constingências.
Na punição positiva o comportamento
produz a apresentação de um estímulo aversivo, resultando na diminuição da
probabilidade de emissão do mesmo comportamento futuro. O estimulo que reduz a probabilidade de
ocorrência, diminui pela adição de um estimulo aversivo punitivo.
Na punição negativa ocorre a retirada do
estimulo reforçador.
Na fuga o estimulo aversivo está
presente. A fuga é um comportamento mantido por reforço negativo, pela remoção
do estimulo aversivo.
Na esquiva o estimulo aversivo não está
presente.
O reforço arbitrário é o produto indireto
do comportamento.
Os efeitos do reforço: diminuição da frequência
de outros comportamentos; e diminuição
da variabilidade na topografia (forma) da resposta (do comportamento)
reforçado.
A CONTINGÊNCIA DE REFORÇO – Ocorre quando
as alterações no ambiente aumentam, elas voltam a ocorrer. A relação entre o
comportamento e sua consequência é que define se é reforçador ou não. O reforçador
natural é o produto direto do próprio comportamento.
EXTINÇÃO OPERANTE – É o procedimento de
suspensão do reforço e o retorno da frequência. O procedimento de extinção do
comportamento operante compreende a diminuição da frequência de ocorrência. Na extinção
ocorre a diminuição gradual da resposta.
A suspensão do reforço possui efeitos
temporários. A extinção é a suspensão e diminuição da frequência do
comportamento.
A resistência à extinção é a repetição
após a suspensão do reforço. Os que resistem à extinção são perseverantes,
empenhados, teimosos ou cabeças-duras. Os fatores influenciadores da
resistência à extinção são: o número de reforços anteriores; custo da resposta
(se for mais difícil, desiste mais rápido); e os esquemas de reforçamento (CRF=
reforço contínuo). Outros efeitos da extinção: aumento na frequência da
resposta no inicio do processo de extinção; aumento na variabilidade da
topografia (forma) da resposta; e eliciação de respostas emocionais (raiva,
ansiedade, irritações, frustração).
MODELAGEM – Os comportamentos novos que
aprendemos surgem a partir de comportamentos que já existem em nosso repertório
comportamental. A modelagem é um procedimento de reforço diferencial de
aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo
comportamento. É a técnica com reforço diferencial de aproximações sucessivas
do comportamento-alvo.
O reforço diferencial consiste em
reforçar algumas respostas que obedecem a algum critério e não reforçar outras
aproximações sucessivas do comportamento-alvo. Esse reforço envolve reforço e
extinção.,].
REFERÊNCIAS
MOREIRA, M.; MEDEIROS, C. Princípios
básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SKINNER, B. F. Ciência e comportamento
humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SKINNER, B. F.; HOLLAND, J. G. Análise do
comportamento. São Paulo: EPU, 1975.