O ANIMAL METAPHISICUS DE
ARTHUR SCHOPENHAUER
(1788 – 1860) – “O homem é o único animal
capaz de espanto, o único ser vivente que conhece a morte e se pergunta acerca
do significado do universo e de sua própria vida”. (Arthur Schopenhauer, A necessidade metafísica).
O CORPO NA ÓTICA DE EDUARDO
GALEANO – “A igreja diz: o corpo é uma culpa. A ciência
diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. O corpo
diz: eu sou uma festa!” (Eduardo Galeano, Janela sobre o corpo).
ESTUDAR PARA PAULO FREIRE – “Estudar
seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu. É perceber
o condicionamento histórico-sociológico do conhecimento. É buscar as relações
entre o conteúdo em estudo e outras dimensões afins do conhecimento. Estudar é
uma forma de reinventar, recriar, de reescrever – tarefa de sujeito e não de
objeto. Desta maneira, não é possível a quem estuda, numa tal perspectiva,
alienar-se ao texto, renunciando assim à sua atitude critica em face dele”
(Paulo Freire, Ação cultural para a liberdade e outros escritos).
O PAPEL DO INTELECTUAL PARA
ANTONIO GRAMSCI - “Criar uma nova cultura não significa apenas
fazer descobertas originais, significa também e, sobretudo, difundir
criticamente verdades já descobertas, socializá-las por assim dizer, transformá-las,
portanto, em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem
intelectual e moral. O fato de que uma multidão de homens seja conduzida a
pensar concretamente e de maneira unitária a realidade presente, é um fato filosófico
bem mais importante e original do que a descoberta, por parte de um gênio filosófico
de uma verdade que permaneça patrimônio de pequenos grupos intelectuais”
(Antonio Gramsci)
CELSO FURTADO E A ATIVIDADE
DO PESQUISADOR – “São muitas as motivações de um pesquisador.
Mas o fundamental é ter confiança na própria imaginação e saber usá-la. Essa
confiança significa a percepção de que se pode intuir uma realidade da qual se
conhece apenas um aspecto, à semelhança do que faz um paleontólogo. O valor do
trabalho do pesquisador traduz, portanto, a combinação de dois ingredientes:
imaginação e coragem para arriscar na busca do incerto. Isso me leva a fazer a
seguinte afirmação: a ciência é construída por aqueles que são capazes de
ultrapassar certos limites que hoje são definidos pelo mundo universitário. Daí
a tendência ao predomínio dos produtos enlatados que estão na base do prestigio
do saber acadêmico. Por motivos que não cabe abordar agora, muitas pessoas de
talento se frustram no mundo universitário”. (Celso Furtado, O capitalismo global).
A UNIVERSIDADE PARA DARCI
RIBEIRO – “[...] torna-se indispensável empreender reformas
estruturais que, alterando as bases físicas da vida acadêmica, provoquem a
mudança da mentalidade dos universitários, capacitando-os para: 1. Desenvolver
e difundir, entre docentes e alunos, uma atitude solidária para com a maioria
da população incitando-os a aceitar os valores opostos aos até agora
prevalentes – de competição individualista e de convivência hipócrita –
derivados do caráter privatista e repressivo da velha ordem; 2. Libertar
professores e estudantes dos muros da universidade, levando-os a conviver com a
população lá onde ela vive e trabalha. E fazê-lo não na qualidade de
observadores motivados por simples curiosidade intelectual, mas como
companheiros ativos e solidários, dispostos a forcejar e ajudar com atos, mais
do que com palavras, a melhora de suas condições de vida e de trabalho; 3.
Incorporar a universidade à prática transformadora, através de programas de
ação conjunta com os poderes públicos” (Darci Ribeiro, A universidade
necessária).
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