domingo, 15 de dezembro de 2013

O MÉTODO DE DESCARTES

Imagem: Portrait of René Descartes, do pintor naturalista belga Frans Hals (1580-1666)

O MÉTODO DE DESCARTES

O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o tem. [...] e os que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam. [...] Pois já colhi dele tais frutos que, embora no juízo que faço de mim próprio eu procure pender mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção, mirando com um olhar de filósofo as diversas ações e empreendimentos de todos os homens, não haja quase nenhum que não me pareça vão e inútil, não deixo de obter extrema satisfação do progresso que penso já ter feito na busca da verdade e de conceber tais esperanças para o futuro que, se entre as ocupações dos homens puramente homens, há alguma que seja solidamente boa e importante, ou crer que é aquela que escolhi”.

RENÉ DESCARTES – O filosofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), viveu numa época de expansão científica e técnica, Ele cursou Direito e foi oficial voluntário do exército de Mauricio de Nassau, na Holanda. Concebeu o projeto de uma matemática universal que levasse clareza a todos os campos do conhecimento. A sua filosofia é construída como um encadeamento de ideais claras e distintas. A sua ambição era abranger num conjunto unitário e claro, todos os problemas propostos à investigação científica. Inaugurou a Filosofia moderna com o seu axioma: "Penso, logo existo". Na obra Discurso do Método ele descreve sua formação intelectual, proclamando a apresentação de preceitos metodológicos capazes de conduzir o espírito à verdade e seu objetivo era converter em pura claridade racional todos os fenômenos do universo.

REFERÊNCIA
DESCARTES, René. Discurso do método: para o bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

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