“[...] existe um campo infinito e um espaço
continente que compreende e penetra tudo. Nele se encontram infinitos corpos
semelhantes, não estando nenhum deles mais no centro do universo que os outros,
porque o universo é infinito e, portanto, sem centro e sem margens”
(Giordano Bruno, Sobre o infinito, o universo e os mundos).
“Homens sábios e judiciosos, quando veem as
várias formas e cores dos objetos não se satisfazem, como a multidão ignara, no
mero prazer que a visão proporciona, mas apenas investigando por detrás a mútua
propriedade e proporção destes atributos incidentais e, da mesma forma, suas
propriedades e natureza”
(Vincenzo Galileu,
Diálogo da música antiga e moderna)
“Afirmam
os sábios que é um grande mal ficar enganado, eu, pelo contrário, afirmo que
não ficar é o pior de todos os males. É uma extravagância sem limites desejar
que a felicidade do homem resida na realidade das coisas, quando esta ventura
depende tão-somente da opinião que se tem dela [...] Os homens, finalmente,
desejam ser iludidos e estão sempre dispostos a abandonar o verdadeiro pelo
falso”.
(Erasmo de Roterdam,
Elogio da loucura)
“A natureza humana não é máquina que se possa
construir conforme um modelo qualquer, regulando-se para executar exatamente a
tarefa que se lhe prescrever, mas uma árvore, que precisa crescer e
desenvolver-se de todos os lados, de acordo com a tendência de forças
interiores que o fazem um ser vivo”.
(Stuart Mill, Da
liberdade).
“Felizes os tempos que podem ler no céu
estrelado o mapa das vias que lhe são abertas e que eles devem percorrer.
Felizes os tempos cujas vias estão iluminadas pela luz das estrelas. Para eles
tudo é novo e, no entanto, familiar; tudo significa aventura e entretanto tudo
lhes pertence. O mundo é vasto e nele, contudo, encontram-se à vontade, pois o
fogo que arde nas almas é da mesma natureza do das estrelas. O mundo e o eu, a
luz e o fogo distinguem-se nitidamente e, apesar disso, nunca se tornam
definitivamente estranhos um ao outro, pois o fogo é a alma de toda luz e todo
o fogo se reveste de luz. Assim, não há nenhum ato que não adquira plena
significação e que não se complete nesta dualidade: perfeito em seu sentido e
perfeito para os sentidos”
(George Lukács, Teoria do Romance).
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